Profissionais de saúde agredidos e ameçados por oito pessoas no Hospital Curry Cabral
Dois enfermeiros foram ameaçados e agredidos na manhã desta segunda-feira no Hospital Curry Cabral, em Lisboa, por um grupo de oito pessoas da mesma família, segundo avançou a CNN Portugal.
A ULS São José confirma a existência de desacatos, mas não faz referência ao número de pessoas envolvidas.
O incidente deu-se no serviço de nefrologia, e de acordo com um comunicado da Unidade Local de Saúde de São José, ocorreu "na sequência de uma reação negativa ao falecimento de um familiar que se encontrava internado".
Segundo a instituição, “foram ameaçados e agredidos dois profissionais de saúde (enfermeiros)", que foram assistidos no local, "e provocados vários estragos nas instalações”.
A situação que ocorreu pelas 7h30.
Quatro pessoas foram identificadas, segundo avança a CNN Portugal.
“A ULS São José lamenta profundamente o ocorrido e, em particular, as agressões feitas aos profissionais, que tudo fazem para prestar os melhores cuidados aos utentes”, refere no comunicado.
Acrescenta que estão a ser reunidos todos os esforços para garantir o normal funcionamento do serviço com a maior brevidade possível.
Ordem dos Enfermeiros "exige que sejam apuradas todas as responsabilidades"
A Ordem dos Enfermeiros manifesta "a sua total solidariedade para com os colegas agredidos”, declarou o bastonário Luís Filipe Barreira, em comunicado, no qual refere que este episódio de agressões não é caso isolado.
“A violência contra profissionais de saúde, e em particular contra enfermeiros, tem vindo a aumentar de forma inaceitável nos serviços de saúde portugueses. A banalização da agressão, verbal ou física, é um sintoma preocupante", disse o bastonário da Ordem dos Enfermeiros.
Na nota, a ordem que representa esta classe de profissionais de saúde refere que "não pode haver tolerância nem complacência com este tipo de atos", e acrescenta que "os enfermeiros merecem respeito, proteção e condições para exercerem a sua profissão com segurança". "Urge que as instituições públicas e o sistema judicial atuem com celeridade e firmeza", lê-se no comunicado.
A Ordem dos Enfermeiros faz saber que vai acompanhar este caso "de perto" e "exige que sejam apuradas todas as responsabilidades". Garantiu ainda todo o apoio aos profissionais agredidos.
Com Susete Henriques