Portugal regista mais 221 mortes e 13 544 casos nas últimas 24 horas

Estão internados nos hospitais portugueses 5630 doentes com covid-19, dos quais 702 em unidades de cuidados intensivos.
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No dia em que será anunciado o fecho das escolas, Portugal regista mais 221 mortes - um novo máximo, depois dos 219 óbitos de ontem - e 13 544 casos de covid-19, segundo os dados do boletim epidemiológico da Direção-geral da Saúde (DGS) desta quinta-feira (21 de janeiro). São 1103 casos abaixo dos números registados na quarta-feira, quando os novos contágios atingiram o valor recorde de 14 647.

A tendência de crescimento também se regista nos números de internamentos. Estão agora nos hospitais portugueses 5630 doentes infetados com o novo coronavírus, mais 137 que no dia anterior, dos quais 702 estão em unidades de cuidados intensivos - houve um acréscimo de 21 pessoas nas últimas 24 horas.

Nesta altura há 151 226 casos ativos de covid- 19 no país. Nas últimas 24 horas foram dadas como recuperadas 5873 pessoas.

A região de Lisboa e Vale do Tejo continua a registar o maior número de novos casos - 5401 - e também de óbitos: 85 nas últimas 24 horas. A norte houve 4510 novos casos e 53 mortos.

Segundo os dados do boletim de hoje a região centro ultrapassou o norte em número de mortos - 59. Quanto aos novos casos, foram 2539.

No que respeita às faixas etárias há mais um óbito entre os 30 e os 39 anos e outro entre os 40 e os 49 anos. Entre os 50 e os 59 anos há a registar oito mortes.

Nas últimas 24 horas morreram 145 pessoas com mais de 80 anos.

O crescimento de casos da variante do novo coronavírus, identificada no Reino Unido, em Portugal é considerado um dos fatores relevantes para a tomada de decisão do Executivo de António Costa em fechar escolas, um cenário que a ministra da Saúde admitiu ontem em entrevista à RTP3.

Marta Temido afirmou que a nova variante do coronavírus "pode atingir os 60% de incidência em novos casos dentro de mais uma semana, até ao final do mês", no que é "uma aceleração da transmissão".

No programa "Grande Entrevista" da estação pública, a ministra falou ainda na pressão que está a ser vivida pelos profissionais de saúde em vários hospitais do país. "Os profissionais de saúde têm nos levado a acreditar que conseguem sempre fazer mais um pouco, mas neste momento sinto que estamos muito próximo do limite e que há situações em que estamos no limite", afirmou Marta Temido.

Aliás, esta quinta-feira, o Hospital de Santa Maria esclareceu que a transferência da Unidade de Ventilação Não Invasiva (não covid) para o Pulido Valente estava prevista no plano do centro hospitalar e vai permitir instalar mais 10 camas de cuidados intensivos.

"A transferência da Unidade de Ventilação Não Invasiva -- serviço não-covid -- para o Hospital Pulido Valente já estava prevista no plano do CHULN [Centro Hospitalar e Universitário Lisboa Norte], uma unidade exatamente com a mesma capacidade -- 15 camas - e condições técnicas, com toda a segurança clínica devidamente acautelada", explica a unidade hospitalar.

A fonte esclarece ainda que a enfermaria do Hospital Pulido Valente "está preparada especificamente com as condições de pressão negativa e monitorização em tudo sobreponíveis às existentes no Hospital de Santa Maria".

No espaço onde estavam estes doentes será instalada "nos próximos dias" uma nova Unidade de Cuidados Intensivos, com 10 camas, "para responder à enorme pressão assistencial no CHULN e na Região", acrescenta.

Em todo o mundo, a pandemia de covid-19 matou pelo menos 2 075 698 pessoas desde o final de dezembro de 2019, segundo um levantamento realizado pela agência de notícias AFP.

Mais de 96 825 840 casos de infeção foram oficialmente diagnosticados desde o início da pandemia.

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