Marta Temido admite fechar todas as escolas de imediato
A ministra da Saúde, Marta Temido, admitiu esta quarta-feira à noite o fecho imediato de todas as escolas dada a "alteração das estatísticas" da covid-19 em Portugal.
Em entrevista à RTP, quando questionada sobre o encerramento de todos os estabelecimentos de ensino tendo em conta os números de infetados pelo novo coronavírus, Temido respndeu "sim".
No entanto, remeteu uma decisão final sobre o assunto para a reunião do conselho de ministros que se realizará esta quinta-feira.
Uma informação posteriormente confirmado pelo próprio primeiro-ministro, António Costa, no Twitter:
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Aos microfones da estação pública de televisão, Marta Temido afirmou que a nova variante do coronavírus "pode atingir os 60% de incidência em novos casos dentro de mais uma semana, até ao final do mês", no que é "uma aceleração da transmissão".
Estes dados foram transmitidos à ministra por epidemiologistas com quem esteve reunida. Após esta reunião, Temido reuniu-se por videoconferência com o primeiro-ministo, António Costa, recém regressado de Bruxelas onde esteve numa sessão plenária no Parlamento Europeu, a apresentar as prioridades da presidência portuguesa da UE.
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Temido repetiu ainda a ideia de que os hospitais estão "muito próximos do limite" da sua capacidade, em especial na região de Lisboa, naquilo que classificou como "uma situação muitíssimo complexa".
Ao longo dos últimos dias têm sido várias as vozes que reclamam o fecho das escolas, tendo em conta a progressão das infeções com o novo coronavírus no país.
Já esta noite, o presidente da Câmara de Cascais, Carlos Carreiras, foi mesmo mais longe e, na sua conta no Facebook, fez até um apelo público aos portugueses para que estes simplesmente não levem os seus filhos às escola, mesmo que estas se mantenham abertas.