Portugal escolhe fragatas italianas FREMM EVO para reforçar a Marinha
Fragata FREMM EVO

Portugal escolhe fragatas italianas FREMM EVO para reforçar a Marinha

No total, serão três fragatas, num negócio que deverá rondar os três mil milhões de euros.
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O Governo escolheu as fragatas italianas FREMM EVO para reforçar a Marinha Portuguesa, apurou a CNN Portugal e confirmou o DN junto de fonte bem colocada no processo.

No total, serão três fragatas, num negócio que deverá rondar os três mil milhões de euros.

As FREMM (Fragata Europeia Multi-Missão) EVO, consideradas das melhores do mundo, vão ser fabricadas pela empresa italiana Fincantieri, que tem um dos maiores estaleiros a nível mundial e é uma fornecedora habitual de navios para a Marinha norte-americana.

Este investimento acontece no âmbito do programa de financiamento europeu SAFE (Security Action for Europe), que se destina a reforçar as capacidades de defesa da Europa e irá 150 mil milhões de euros em empréstimos com condições competitivas aos seus Estados-membros. No caso português, o empréstimo será no valor de 5,8 mil milhões de euros.

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A Fincantieri terá sido a única empresa que garantiu a entrega das três fragatas até 2030, uma exigência de Bruxelas, o que fez a firma italiana ganhar a corrida às fragatas francesas, construídas pelo Naval Group.

Como contrapartida, será feito um investimento em equipamentos, infraestruturas e formação de pessoal para o Arsenal do Alfeite para assegurar a manutenção durante o ciclo de vida das novas fragatas.

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Atualmente, Portugal tem cinco fragatas (os NRP Vasco da Gama, Álvares Cabral, Corte Real, Bartolomeu Dias e D. Francisco de Almeida), todas construídas há mais de 30 anos e a necessitar de substituição nos próximos anos.

Nesta quarta-feira, o ministro da Defesa Nacional, Nuno Melo, revelou qual a origem das empresas que foram escolhidas para fornecerem Portugal com o que classifica de "investimento histórico" nas Forças Armadas: Itália, França, Finlândia, Alemanha, Espanha e Bélgica.

O governante não quis entrar em detalhes sobre todo o equipamento, nem identificar as empresas escolhidas, mas confirmou que será a Marinha, com a aquisição de novas fragatas, a destinatária da maior fatia do investimento.

O ministro sublinhou que para as opções que foram tomadas foram consideradas contrapartidas que tivessem em conta o "retorno para a economia e o envolvimento da indústria nacional".

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