Portugal continental teve duas ondas de calor em junho
Reinaldo Rodrigues

Portugal continental teve duas ondas de calor em junho

Durante o período de alerta de calor iniciado no sábado passado, foram registados 69 óbitos em excesso, segundo dados preliminares da Direção-Geral da Saúde.
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Portugal continental registou duas ondas de calor em junho e 34% das estações meteorológicas ultrapassaram ou igualaram, no fim de semana, os anteriores extremos da temperatura máxima do ar para o mês, divulgou esta quinta-feira, 3 de julho, o IPMA.

De acordo com o resumo do boletim climatológico do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), foi registada uma onda de calor, entre 15 e 20 de junho, em 12 estações, de um total de 90.

A segunda onda de calor verificou-se a partir do dia 27 de junho, que se prolongou até aos primeiros dias de julho. Na quarta-feira, cerca de 59% das estações estavam em onda de calor.

No domingo, foi atingido em Mora, Évora, um novo extremo absoluto para o mês de junho em Portugal continental, com a estação meteorológica a marcar 46,6 graus celsius (ºC).

Portugal continental teve duas ondas de calor em junho
46,6ºC. Mora bate recorde de temperatura em Portugal no mês de junho

O IPMA indica que uma onda de calor ocorre “quando num intervalo de pelo menos seis dias consecutivos, a temperatura máxima diária é superior em 5ºC ao valor médio diário no período de referência”.

O organismo refere que junho é o mês de verão em que as ondas de calor ocorrem com maior frequência em Portugal continental.

No boletim climatológico, documento preliminar com alguns indicadores, o IPMA refere que o mês de junho “classificou-se como muito quente e muito seco”.

Segundo o instituto, foi o terceiro junho mais quente desde 1931, com uma temperatura média do ar superior a 2.14 ºC acima do valor normal.

O valor médio de temperatura máxima e mínima do ar também foram superiores à normal, mais 2.87 °C e mais 1.40 °C, respetivamente.

Também foi o quarto mês de junho mais seco dos últimos 94 anos com um total de precipitação inferior à normal, com cerca de 20% do valor médio, registando seca meteorológica fraca na região noroeste do território e no sotavento Algarvio.

Durante o período de alerta de calor, iniciado no sábado passado, foram registados 69 óbitos em excesso, maioritariamente entre pessoas com 85 ou mais anos, segundo dados preliminares da Direção-Geral da Saúde.

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