Quase 1500 portugueses morreram por covid-19 desde 1 de janeiro
Novo recorde de casos diários. Há 10 698 novos infetados. País contabiliza agora um total de 517 806 casos e 8384 mortes - 148 nas últimas 24 horas. Internamentos continuam a subir (4368). Número de pessoas em UCI passa os 600 pela primeira vez.
O número de óbitos diários devido à covid-19 baixa ligeiramente esta quinta-feira, depois de três dias a registar novos máximos (112, na segunda-feira, 155, na terça-feira, e 156, na quarta-feira). De acordo com os dados do boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS) morreram mais 148 pessoas nas últimas 24 horas, menos oito do que na véspera.
É o sétimo dia com o número de mortes acima dos 100 por dia. Feitas as contas desde o dia 1 de janeiro morreram quase 1500 pessoas devido ao novo coronavírus. Ou seja, em 14 dias o país registou 1478 óbitos, um sexto do total de mortes desde o início da pandemia (8384 desde março de 2020). Segundo a DGS, 58% das mortes registadas no último dia foram de pessoas com mais de 80 anos de idade.
O número de novos casos mantém-se acima dos 10 mil e fixa novo máximo. Há hoje mais 10 698 pessoas infetadas, mais 142 do que no dia anterior. Portugal totaliza até agora 517 806 casos.
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Os internamentos sobem há quase 15 dias consecutivos e com novos máximo. De acordo com o boletim, há agora 4368 pessoas internadas em enfermaria com covid-19, mais 128 do que na véspera. E nunca houve tantas pessoas internadas em unidades de cuidados intensivos. Portugal passou esta quinta-feira a barreira dos 600 doentes em UCI - são agora 611, mais 15 do que na quarta-feira, dia em que tinha registado uma ligeira descida.
Lisboa e Vale do Tejo volta a registar o maior número de novos casos (4071) e mortes (71) em Portugal. O Norte reportou 3461 novas infeções e 35 óbitos, enquanto a região Centro tem mais 2128 infetados e 29 mortes devido à covid-19.
Já o Alentejo tem mais 520 (9 mortes) e o Algarve 400 novas infeções (e duas mortes). Nos Açores (57 casos) não houve qualquer morte, enquanto a Madeira reportou dois óbitos e 61 casos.
Novo confinamento entra em vigor às 00.00 desta sexta-feira
É já a partir das 00.00 desta sexta-feira que o país entra de novo em confinamento, semelhante ao que aconteceu em março e abril do ano passado, com a exceção de que agora as escolas, em todos os escalões, vão permanecer abertas, o que não aconteceu na primeira vaga da pandemia de covid-19.
O Executivo de António Costa refere que são estabelecidas "medidas que permitem a realização da campanha eleitoral e os atos associados aos dias das eleições, seja no dia da votação seja nos dias de votação antecipada em mobilidade, de forma a assegurar o livre exercício do direito de voto".
Na quarta-feira, o dia em que Portugal registou um recorde diário de mortes e casos de covid-19, o primeiro-ministro anunciou as medidas do novo confinamento, que incluem o encerramento do comércio em geral, mas com exceções. A restauração vai funcionar só em take-away e entrega ao domicílio e a cultura volta a fechar.
O confinamento estabelece o encerramento de barbearias e cabeleireiros, o mesmo acontece com restaurantes e cafés (exceto para take-away e entrega ao domicílio). Estabelecimentos culturais, ginásios, pavilhões e outros recintos desportivos também fecham.
Os tribunais mantêm-se abertos, assim como os serviços públicos, mas mediante marcação. As feiras e mercados podem realizar-se, mas "nos casos de venda de produtos alimentares".
Vão ser permitidas ainda as cerimónias religiosas, como as missas, embora a Igreja já tenha comunicado que estão suspensos os batismo, os casamentos e os crismas. Os campeonatos nacionais de futebol profissional mantêm-se, mas sem público. Ao contrário do confinamento do ano passado, os dentistas também vão permanecer em funcionamento.
Ainda no encerramento do comércio, os supermercados, mercearias, farmácias e postos de combustível estão entre as exceções.
É possível votar com Bilhete de Identidade caducado
Os cidadãos que tenham o cartão de cidadão cuja validade tenha expirado a partir de 24 de fevereiro de 2020, podem votar em território nacional ou no estrangeiro nas eleições presidenciais de 24 de janeiro.
Em comunicado, o Ministério da Justiça (MJ) adianta que os cidadãos com cartão expirado a partir de 24 de fevereiro do ano passado "podem identificar-se junto da mesa de voto, em território nacional ou no estrangeiro, com esse mesmo cartão, não sendo necessária a apresentação de qualquer outro documento de identificação".
De acordo com a nota, não é necessário apresentar um documento comprovativo do agendamento da renovação do cartão de cidadão já caducado. Quanto aos documentos fora do prazo são válidos até ao final do mês de março.