Portugal registou mais 1 190 casos e nove mortes por covid-19 nas últimas 24 horas, indica o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS) desta segunda-feira, 2 de agosto..Há agora 49 787 casos ativos de infeção por SARS-CoV-2, menos 267 do que na véspera..O país contabiliza agora um total de 972 127 casos e 17 378 óbitos desde o início da pandemia..Relativamente a hospitalizações, há agora 968 pessoas internadas (mais 45 do que no dia anterior), 203 dos quais em unidades de cuidados intensivos (mais três)..O boletim da DGS aponta também que há mais 1448 recuperados da doença, num total de 904 962..Lisboa e Vale do Tejo foi a região que registou mais novos casos (444), seguida de Norte (420), Algarve (140), Centro (83), Açores (50), Alentejo (27) e Madeira (26). Os óbitos foram distribuídos por Norte (quatro), Lisboa e Vale do Tejo (três), Centro (um) e Madeira (um)..A taxa de incidência baixou de 439,3 para 403,1 casos por covid-19 por 100 mil habitantes no continente e de 419,2 para 394,6 a nível nacional..O R(t) diminuiu de 0,98 para 0,94 tanto a nível nacional como no continente..O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, afirmou este domingo ser "fundamental" a iniciativa dos pais para a vacinação de menores entre os 12 e os 15 anos, mas realçou que o processo deve contar com intervenção médica.."É fundamental que haja da parte dos pais uma iniciativa e depois o acolhimento pelas autoridades de saúde, naturalmente através da intervenção do médico", disse Marcelo Rebelo de Sousa..Marcelo agora diz que vacinação de crianças deve ter "naturalmente" intervenção médica.O chefe de Estado falava aos jornalistas, em Brasília, depois de ter sido questionado sobre o esclarecimento feito pelas autoridades de saúde de que a vacinação de crianças, entre os 12 e os 15 anos, só poderá ser feita mediante receita médica..A Direção-Geral da Saúde (DGS) esclareceu que a vacinação de crianças com idades entre 12 e 15 anos sem doenças tem de ter prescrição médica, não bastando a vontade dos pais..Num esclarecimento enviado à Lusa, a DGS indicou que, de acordo com o parecer emitido na sexta-feira, depois de ouvida a comissão técnica de vacinação contra a covid-19, "deve ser dada a possibilidade de acesso à vacinação a qualquer adolescente com 12-15 anos por indicação médica"..No sábado, o Presidente da República salientou que as autoridades de saúde não proibiram a vacinação contra a covid-19 para crianças saudáveis, considerando que "esse espaço continua aberto à livre escolha dos pais".."As autoridades sanitárias não proibiram a vacinação no caso de as crianças não terem doenças ou patologias. Esse espaço continua aberto à livre escolha dos pais", disse Marcelo Rebelo de Sousa, reagindo à recomendação, na sexta-feira, pela DGS, da administração prioritária de vacinas contra a covid-19 em crianças entre os 12 e os 15 anos com doenças associadas graves..Questionado pelos jornalistas, o chefe de Estado rejeitou que as duas posições sejam contrárias, considerando que o esclarecimento feito hoje "acaba por ir ao encontro" do que ele próprio disse: "Os médicos só decidem se os pais pedirem. As crianças não podem dirigir-se aos médicos, tem de alguém substituir as crianças"..A DGS recomendou, na sexta-feira, a administração prioritária de vacinas contra a covid-19 apenas para crianças entre os 12 e os 15 anos com comorbilidades..A DGS considerou ainda que deve ser dada a possibilidade de vacinação a todas as crianças desta faixa etária por indicação médica e de acordo com a disponibilidade de vacinas, remetendo uma decisão sobre o acesso universal destas idades para mais tarde.."A DGS emitirá recomendações sobre vacinação universal de adolescentes dos 12 aos 15 anos logo que estejam disponíveis dados adicionais sobre a vacinação destas faixas etárias", disse, na sexta-feira, a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas..Ainda sobre a vacinação dos adolescentes entre os 12 e os 15 anos, Graça Freitas disse que a lista de doenças crónicas que justificam a vacinação nestas idades está já preparada e pronta para ser publicada, para que os médicos possam fazer a recomendação de vacinação..A vacinação universal continua, para já, a ser apenas recomendada a partir dos 16 anos, seguindo o plano de vacinação em curso..A DGS não descartou, no entanto, alterações futuras se houver "novas variantes de preocupação"..Apenas as máscaras e os frascos de álcool-gel à entrada das lojas indicam que estamos em tempo de pandemia. O Centro Comercial Colombo voltou este domingo ao seu horário, entre as 10h00 e as 24h00. O cinema passa a ter sessão noturna e o ginásio anuncia um novo horário e aulas em espaço fechado. Tudo o resto é o frenesim próprio de quem escolhe o domingo para fazer compras, embora aparentemente nada disso seja urgente. Está preenchida 95% da lotação, agora reduzida a 7500 pessoas. Filas no rés-do-chão, também no primeiro andar, onde se concentram as lojas de roupa e de acessórios, além dos restaurantes. Alguns homens esperam encostados ao gradeamento, enquanto muitas pessoas percorrem a passos largos os corredores..Os centros comerciais estavam obrigados a fechar às 15h30 ao domingo e às 19h00 aos sábados, o que deixou de ser obrigatório a partir de ontem, a primeira fase do desconfinamento em situação de calamidade. Muitos clientes até se esqueceram de que poderiam permanecer durante a tarde e a noite, mas rapidamente se adaptaram. Foi mais difícil para os lojistas que apenas no sábado receberam a comunicação oficial de que poderiam estar abertos até às 24h00. O Conselho de Ministros decidiu as medidas na quinta-feira..Compras à tarde, cinema à noite e tudo a que a covid-19 dá direito