A Polícia Judiciária (PJ) anunciou esta segunda-feira a abertura de uma investigação para apurar a origem, autoria e a natureza da substância enviada dentro de envelopes para vários "órgãos de soberania".Em comunicado, a PJ revela ter sido alertada pela Polícia de Segurança Pública (PSP) para a existência de “várias cartas” contendo no seu interior “uma substância em pó” de natureza ainda desconhecida e que estará a ser analisada. Também através de comunicado, a PSP revela ter respondido “a várias chamadas” às 12.40 horas devido a “envelopes suspeitos” enviados para “alguns órgãos de soberania e entidades públicas”.Tendo em conta a informação recebida, foi acionado o Centro de Inativação de Explosivos e Segurança em Subsolo da Unidade Especial de Polícia e do Comando Metropolitano de Lisboa, que deslocou para os locais onde foram recebidos os envelopes “equipas especializadas, treinadas e capacitadas para este tipo de ameaça”, uma operação para a qual teve a colaboração da Guarda Nacional Republicana, da Polícia Judiciária e do Instituto Nacional de Emergência Médica, garantindo que não se registaram danos materiais, nem quaisquer ferimentos.De acordo com o jornal Observador, cartas com o pó suspeito foram rececionadas no ministério da Administração Interna, no Terreiro do Paço, onde uma funcionária abriu um dos envelopes e ficou exposta à substância em causa, mas também no ministério das Infraestruturas, no Campus XXI, no Campo Pequeno, sendo que o local acabou por ser vedado até à chegada dos bombeiros para analisar o conteúdo dos envelopes.