João Oliveira, da diretoria da região Lisboa e Vale do Tejo da Polícia Judiciária.
João Oliveira, da diretoria da região Lisboa e Vale do Tejo da Polícia Judiciária.Foto: Leonardo Negrão

PJ detém falsificador de arte. Tentava vender obras forjadas como originais de Paula Rego e Cargaleiro

Homem de 56 anos dedicava-se há pelo menos dois anos à falsificação e comercialização de pinturas de artistas plásticos de renome, "fazendo passar-se por médico para, junto de potenciais clientes ganhar a sua confiança e credibilidade". Vítimas terão sido lesadas "em valores que ascendem as centenas de milhares de euros".
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A Polícia Judiciária (PJ) identificou e deteve um homem de 56 anos "quando este tentava vender duas obras forjadas como originais, dos artistas plásticos Paula Rego e Cargaleiro", tendo sido apreendidos mais de duas dezenas de quadros falsos, indicou esta sexta-feira esta polícia de investigação criminal.

Detido em flagrante delito, o suspeito dedicava-se "à falsificação e comercialização de pinturas de artistas plásticos de renome".

Em comunicado, a PJ indicou que a investigação, conduzida pela Diretoria de Lisboa e Vale do Tejo, "conseguiu apurar que o suspeito se dedicava, há pelo menos dois anos às atividades referidas, fazendo passar-se por médico para, junto de potenciais clientes ganhar a sua confiança e credibilidade, tendo com este modus operandi lesado as vítimas em valores que ascendem as centenas de milhares de euros".

Foto: Leonardo Negrão
Foto: Leonardo Negrão

Durante a "Operação Tinta Fresca", foi localizado um espaço comercial, em Lisboa, que o suspeito utilizava como 'atelier'. No local, a PJ encontrou e apreendeu "mais de duas dezenas de pinturas e esboços com assinaturas de artistas plásticos de renome, como Paula Rego, Júlio Resende, Malangatana, Cargaleiro, Cesariny, Cruzeiro Seixas e  Cutileiro".

Estas pinturas apresentavam "claros indícios de terem sido falsificadas por ele próprio, tentando imitar o seu estilo de pintura e respetivas assinaturas, fazendo dessa prática modo de vida", explicou a PJ, dando conta que foi ainda aprendido material de pintura, "que se acredita ter sido utilizado nas falsificações" e que irá ser alvo de análise.

Depois de presente a primeiro interrogatório judicial, o suspeito viu serem-lhe aplicadas as medidas coativas de apresentações semanais e o pagamento de uma caução no valor de cinco mil euros.

João Oliveira, da diretoria da região Lisboa e Vale do Tejo da Polícia Judiciária.
Obra comprada por 48 euros pode ser um Van Gogh de 14,5 milhões

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