Operação Ctrl €. PJ desmantela grupo que se dedicava à clonagem de cartões bancários
Foto: Artur Machado

Operação Ctrl €. PJ desmantela grupo que se dedicava à clonagem de cartões bancários

Detidas 10 pessoas em operação policial nas zonas da Grande Lisboa, Grande Porto, Minho e Algarve devido a esquema "que resultou num prejuízo patrimonial que ascende a 450 mil euros".
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A Polícia Judiciária (PJ) desmantelou um grupo criminoso que se dedicava à clonagem de cartões bancários.

Numa operação policial nas zonas da Grande Lisboa, Grande Porto, Minho e Algarve denominada Operação “Ctrl €”, a PJ deteve 10 pessoas "por fortes indícios da autoria de crimes de associação criminosa, envolvendo a contrafação e uso de cartões ou outros dispositivos de pagamento e branqueamento de capitais, que resultou num prejuízo patrimonial que ascende a 450 mil euros", indica um comunicado enviado às redações.

Esta operação resultou de uma investigação iniciada em fevereiro do ano passado, em articulação com o Ministério Público, que teve origem em comunicação da Sociedade Interbancárias de Serviços (SIBS), "que detetou comportamentos anómalos na rede multibanco".

"Detetou-se que entre dezembro de 2023 e janeiro de 2024, vários cartões bancários emitidos por instituições bancárias nacionais tinham sido comprometidos em Caixas Automáticas (ATM/Multibanco), localizadas em diversos pontos do país, detetando-se ainda, sobretudo na região da Grande Lisboa, registos de movimentos a débito não autorizados nas contas bancárias dos titulares dos cartões contrafeitos (clonados) donde resultaram os referidos prejuízos patrimoniais e ainda a tentativa de movimentos na ordem dos 900 mil euros", pode ler-se na nota.

"No decurso de diligências, levadas a cabo pela Unidade Nacional de Combate ao Cibercrime e à Criminalidade Tecnológica da PJ, que conduz a investigação, foi possível identificar, monitorizar e atuar sobre um conjunto de pessoas relacionadas com os factos em investigação, que se dedicariam à contrafação de cartões bancários e subsequente utilização dos mesmos", prossegue a PJ, que adianta que, "em momento posterior e através de uma rede organizada e estruturada para o efeito", os elementos deste grupo "procediam à dissipação dos fundos obtidos ilicitamente através do sistema bancário internacional, tendo sido possível à investigação isolar uma situação de branqueamento, gerada pelo cometimento de burlas informáticas em contexto internacional, que foi tratada em processo autónomo, mas em complementaridade com a factualidade inicialmente referenciada".

Os detidos, com idades entre os 21 e os 54 anos, serão presentes a primeiro interrogatório judicial de arguido detido no Tribunal Central de Instrução Criminal de Lisboa para a aplicação das medidas de coação.

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