Operação Babel. MP pede pena de 8 a 12 anos de prisão para ex-vice-presidente de Gaia
D.R.

Operação Babel. MP pede pena de 8 a 12 anos de prisão para ex-vice-presidente de Gaia

Procurador do Ministério Público defendeu que o ex-vice-presidente da câmara de Gaia, eleito pelo PS, deve ficar proibido de exercer funções durante seis anos.
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O Ministério Público (MP) pediu esta terça-feira, 2 de dezembro, uma pena de oito a 12 anos de prisão para o ex-vice-presidente da Câmara de Gaia Patrocínio Azevedo por suspeitas de corrupção no processo da Operação Babel.

Durante as alegações finais no Tribunal de Vila Nova de Gaia, no distrito do Porto, o procurador do MP considerou ainda que a pena a aplicar a Patrocínio Azevedo deve mesmo ser acima do meio do intervalo dos oito a 12 anos de prisão, ou seja, 10 anos.

Além disso, o procurador defendeu que o ex-vice-presidente da câmara, eleito pelo PS, deve ficar proibido de exercer funções durante seis anos.

Patrocínio Azevedo, que esteve em prisão preventiva durante cerca de 23 meses, é um dos 16 arguidos da Operação Babel, relacionada com a alegada viciação e violação de normas e instrução de processos de licenciamento urbanísticos em Vila Nova de Gaia, no distrito do Porto.

“As exigências de prevenção geral neste tipo de crimes são elevadíssimas”, entendeu o MP.

Além disso, o procurador referiu que, durante o julgamento, que começou em janeiro, Patrocínio Azevedo mascarou factos e adulterou contextos, nada admitindo.

Pedidas penas entre 8 a 12 anos de prisão para empresários Paulo Malafaia e Elad Dror

O MP também penas de oito a 12 anos de prisão para os empresários imobiliários Paulo Malafaia e Elad Dror e para o advogado João Pedro Lopes por suspeitas de corrupção no processo da Operação Babel.

O procurador do MP considerou que a pena a aplicar ao empresário Paulo Malafaia e ao advogado João Pedro Lopes deve mesmo ser acima do meio do intervalo dos oito a 12 anos de prisão, ou seja, 10 anos.

Por seu lado, o procurador entendeu que a pena a aplicar a Elad Dror, fundador do grupo Fortera, deve ser a meio ou abaixo desse intervalo, ou seja, 10 anos ou menos.

O MP sustenta que Elad Dror e Paulo Malafaia “combinaram entre si desenvolverem projetos imobiliários na cidade de Vila Nova de Gaia, designadamente os denominados Skyline/Centro Cultural e de Congressos, Riverside e Hotel Azul”, contando com o alegado favorecimento por parte do antigo vice de Gaia, que receberia em troca dinheiro e bens materiais, como relógios.

A Câmara de Gaia, atualmente liderada pelo social-democrata Luís Filipe Menezes, que regressou à câmara e acabou com 12 anos de liderança socialista, desistiu de ser assistente do processo e do pedido da indemnização de 50 mil euros.

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