O líder da claque Super Dragões, Fernando Madureira, foi esta segunda-feira ouvido durante cerca de quatro horas e meia no Tribunal de Instrução Criminal (TIC) do Porto pelo juiz Pedro Miguel Vieira, revelou fonte judicial..O principal detido da Operação Pretoriano começou a ser ouvido cerca das 18:00, no mesmo dia em que Fernando Saul, oficial de ligação aos adeptos do FC Porto foi novamente interrogado, acabando a inquirição a Fernando Madureira a terminar cerca das 22:30, acrescentou a fonte.As medidas de coação relativas à Operação Pretoriano deverão ser conhecidas esta terça-feira, revelou fonte do Tribunal de Instrução Criminal (TIC) do Porto, após uma breve reunião do juiz de instrução com os advogados dos 12 arguidos..No final da noite de segunda-feira, após ter ouvido o líder dos Super Dragões, Fernando Madureira, o juiz Pedro Miguel Vieira voltou a chamar os advogados ao TIC para definir os passos seguintes, tendo ficado acordado que a partir das 10:00 de hoje o Ministério Público irá promover as medidas de coação..Seguir-se-á a defesa dos advogados, prevendo-se que até ao final do dia o juiz Pedro Miguel Vieira possa anunciar as medidas aos 12 arguidos, admitiram alguns dos advogados à saída do TIC..Durante a inquirição, o líder da claque esteve acompanhado dos advogados Gonçalo Namora e Miguel Marques Oliveira..As diligências de sábado terminaram com as saídas em liberdade de Tiago Aguiar, outro dos dois funcionários do FC Porto envolvidos no processo, António Moreira de Sá e Carlos Nunes, mais conhecido por 'Jamaica', levando o número de detidos a baixar para nove..Em silêncio ficaram Sandra Madureira, mulher de Fernando Madureira e vice-presidente da claque Super Dragões, e Vítor Catão, adepto do FC Porto e ex-presidente do São Pedro da Cova, que não quer prestar declarações no TIC, ao contrário do que estava planeado..Na quarta-feira, a PSP deteve 12 pessoas - incluindo dois funcionários dos 'dragões' e o líder dos Super Dragões, Fernando Madureira -, no âmbito da Operação Pretoriano, que investiga os incidentes verificados numa Assembleia Geral (AG) extraordinária do clube..De acordo com documentos judiciais, aos quais a Lusa teve acesso, o Ministério Público sustenta que a claque Super Dragões pretendeu "criar um clima de intimidação e medo" na AG do FC Porto, em 13 de novembro de 2023, na qual houve incidentes, para que fosse aprovada a revisão estatutária, "do interesse da atual direção" 'azul e branca'..A Procuradoria-Geral Distrital do Porto divulgou que estão em causa "crimes de ofensa à integridade física no âmbito de espetáculo desportivo ou em acontecimento relacionado com o fenómeno desportivo, coação e ameaça agravada, instigação pública a um crime, arremesso de objetos ou produtos líquidos e ainda atentado à liberdade de informação".