"O mais rápido" possível. Fábio Loureiro já quer a extradição de Marrocos para Portugal
DR

"O mais rápido" possível. Fábio Loureiro já quer a extradição de Marrocos para Portugal

Um dos cinco fugitivos da prisão de Vale de Judeus está detido em Rabat, depois de ter sido detido em Tanger no dia 6 de outubro. Loureiro pretende cumprir a pena a que está condenado e responder pela evasão da prisão.
Publicado a
Atualizado a

Fábio Loureiro, um dos cinco fugitivos da prisão de Vale de Judeus, aceitou a extradição de Marrocos, onde se encontra detido, para Portugal.

A notícia foi avançada pela SIC Notícias, citando um comunicado da família do fugitivo, que refere ter desistido da oposição ao pedido de extradição após "muito ponderar" com a família e os seus advogados.

"Fábio decidiu (em consciência) desistir dessa demanda em terras de Marrocos e aceitar, de modo irrestrito, ser extraditado o mais rápido que se mostrar viável, para Portugal", refere o comunicado, onde é acrescentado que "dessa pretensão já deu inclusive nota, pelos canais próprios, às Autoridades Judiciárias do Reino de Marrocos, assim como à Embaixada de Portugal em Rabat". 

A nota revela ainda que Fábio Loureiro pretende cumprir "o remanescente das suas condenações" e responder "judicialmente pela evasão perpetrada".

Segundo o comunicado, foi pedido à embaixada de Portugal em Marrocos que informe oficialmente o Ministério da Justiça português, de modo a encetarem-se os procedimentos necessários à extradição do Fábio Loureiro para Portugal.

Fábio Loureiro, que está condenado pelos crimes de rapto, tráfico de estupefacientes, associação criminosa, roubo à mão armada e evasão, foi detido em Tânger, Marrocos, precisamente um mês após uma fuga de cinco reclusos da cadeia de Vale de Judeus que contou com a ajuda de pessoas externas à prisão e implicou a utilização de uma enorme escada.

A detenção de Fábio Loureiro, também conhecido por Fábio "Cigano", resultou de uma operação desenvolvida pela Polícia Judiciária (PJ) portuguesa em cooperação com as autoridades policiais marroquinas e espanholas, a qual mereceu o elogio da ministra da Justiça, Rita Alarcão Júdice.

Na altura, recaía sobre Fábio Loureiro um mandado de detenção internacional e o então fugitivo estava na lista dos mais procurados da Interpol.

O grupo de cinco evadidos, com idades entre os 33 e 61 anos, incluía ainda o cidadão português Fernando Ribeiro Ferreira, o georgiano Shergili Farjiani, o argentino Rodolf José Lohrmann e o britânico Mark Cameron Roscaleer.

Os evadidos estavam a cumprir penas entre os sete e os 25 anos de prisão, por vários crimes graves, entre os quais tráfico de droga, associação criminosa, roubo, sequestro e branqueamento de capitais.

*com Lusa

Artigos Relacionados

No stories found.
Diário de Notícias
www.dn.pt