O número de doutorados residentes em Portugal aumentou no ano passado 14% face a 2020, totalizando 43.173, mais de metade mulheres, segundo dados provisórios da Direção-Geral de Estatísticas da Educação e Ciência (DGEEC)..A informação consta no Inquérito aos Doutorados 2023 - realizado entre abril e julho últimos - que reúne estatísticas sobre os doutorados com menos de 70 anos a residirem permanente ou temporariamente em Portugal e com doutoramento obtido em qualquer parte do mundo..Em 2023, tal como em 2020, havia mais mulheres doutoradas (51%) do que homens (49%), contrariamente à tendência verificada em 2012 e em 2015 de mais doutorados homens do que mulheres, muito embora neste último ano o número de mulheres doutoradas (49%) começasse a aproximar-se do dos homens (51%)..A maioria dos doutorados estava empregada (95%) e trabalhava em universidades e institutos politécnicos (77%), com os restantes a concentrarem-se no Estado (11%), nas empresas (10%) e nas Instituições Privadas Sem Fins Lucrativos (3%)..A DGEEC salienta, porém, que nos últimos dois anos houve "uma diminuição do peso" de doutorados no ensino superior "em detrimento de um aumento no setor das empresas e Instituições Privadas Sem Fins Lucrativos"..As ciências exatas e naturais (28%) e as ciências sociais (25%), logo seguidas pelas ciências da engenharia e tecnologias (19%), são as áreas científicas que absorvem mais doutorados..Os dados definitivos do Inquérito aos Doutorados 2023 serão publicados no final do corrente ano..O Inquérito aos Doutorados, que por norma tem uma periodicidade trianual, está inscrito no Sistema Estatístico Nacional e visa "a recolha e divulgação de informação estatística oficial sobre o percurso académico e profissional dos titulares de doutoramento".