Navios NRP Setúbal e NRP Centauro partiram para missão de quatro meses

A missão terá a duração de mais de quatro meses e está prevista a visita a 14 países, cerca de 20 portos diferentes.
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Os navios NRP Setúbal e NRP Centauro partiram este sábado para mais uma missão no âmbito da iniciativa Mar Aberto, que a ministra da Defesa considera importante por contribuir para o incremento da segurança marítima no Golfo da Guiné.

A missão terá a duração de mais de quatro meses e ao longo deste período está prevista a visita a 14 países, cerca de 20 portos diferentes e a participação nas Comemorações do Dia de Portugal que decorrerão na África do Sul, na Cidade do Cabo.

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Esta Força Nacional Destacada (FND), que constitui o Grupo de Tarefa 477.60, é constituída por Fuzileiros, uma equipa de segurança, uma equipa de mergulhadores e uma equipa médica e promoverá a presença de Portugal nos espaços Atlântico e da CPLP.

Segundo a ministra, que hoje elogiou os militares da Marinha considerando que cumprem as suas missões com brio e sentido de missão, esta Força irá contribuir de forma direta para uma prioridade da ação externa de Portugal em matéria de defesa, nomeadamente, a presença militar nacional no espaço do Atlântico e na cooperação com os Estados-membros da Comunidade de Países de Língua Portuguesa.

"Partem hoje para uma região do globo que, ao longo dos séculos, tem tido um papel proeminente no comércio mundial, e onde se concentra uma percentagem considerável de recursos utilizados como fonte de energia e matéria-prima, fundamentais para o nosso desenvolvimento económico e social", disse.

Helena Carreiras adiantou que a missão desenvolve-se numa região "atravessada por importantes rotas de comércio, onde circulam muitos navios com pavilhão português, mas também onde se colocam enormes desafios ao nível da segurança marítima, como a pirataria, a criminalidade em alto mar, a pesca ilegal, não declarada e não regulamentada ou atos de poluição".

A Iniciativa Mar Aberto surge em 2008 como uma resposta do Estado português face à insegurança marítima verificada num espaço marítimo concreto, o Golfo da Guiné.

Desde então, explicou a ministra, a Marinha Portuguesa tem empenhado, de forma continuada, os seus meios navais e forças de Fuzileiros em ações de Cooperação no Domínio da Defesa, no apoio ao desenvolvimento de uma cultura e capacidades de segurança marítima nos Estados da África Ocidental.

Segundo Helena Carreira, estes esforços têm permitido consolidar o contributo de Portugal enquanto provedor ativo de segurança e capacitação no Atlântico.

"Como já tive oportunidade de referir noutras ocasiões, este é um dos principais espaços de interesse estratégico para Portugal. Nele se definem algumas das principais oportunidades de cooperação e de desenvolvimento socioeconómico. É, por isso, crucial que continuemos empenhados na sua segurança, aprofundando as relações de defesa com parceiros e países amigos, cumprindo assim compromissos bilaterais e multilaterais assumidos neste âmbito", disse.

A missão desenvolverá atividades de cariz diplomático e de cooperação entre Portugal e os Estados visitados, em apoio à Política Externa e de Defesa Nacional e promoverá a realização de atividades enquadradas nos respetivos programas-quadro, nomeadamente no apoio às Marinhas de Angola, Moçambique e Guiné-Bissau, e Guardas-costeiras de Cabo Verde e São Tomé e Príncipe.

Ainda segundo a ministra, esta Força Naval integra também uma Força de Fuzileiros, vocacionada para ações de cooperação com Fuzileiros Angolanos, o que "permitirá a transmissão de informação e experiência ao corpo angolano congénere, nomeadamente em matérias relevantes para aprontamento de forças próprias de Fuzileiros".

No âmbito desta missão irá também ter lugar a rendição do navio patrulha Zaire, que se encontra em águas de São Tomé e Príncipe desde janeiro de 2018, pelo NRP Centauro.

"Este é um momento marcante que importa assinalar devidamente. Foram mais de cinco anos de partilha e cooperação intensa com o Governo e as Forças Armadas de São Tomé e Príncipe para a capacitação da Guarda-costeira deste nosso parceiro", disse.

A iniciativa Mar Aberto visa contribuir para a manutenção das relações de cooperação e satisfazer os compromissos internacionais assumidos por Portugal no âmbito da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), e no âmbito das Presenças Marítimas Coordenadas da União Europeia (PMC - UE).

O Comando Tático, no mar, está a cargo do Capitão-mar-e-guerra Nicholson Lavrador, embarcado no NRP Setúbal comandado pelo Capitão-de-fragata Pereira da Costa.

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