Luís Montenegro.
Luís Montenegro. Pedro Rocha / Global Imagens

MP pediu mais documentação ao primeiro-ministro sobre Spinumviva. "Nada de mais", diz Montenegro

Procurador-geral da República, Amadeu Guerra, diz que na próxima semana vai indagar o DCIAP sobre as razões da demora e a justificação.
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O Ministério Público (MP) pediu mais documentação ao primeiro-ministro, Luís Montenegro, para poder finalizar a averiguação preventiva sobre os negócios da sua empresa familiar Spinumviva, disse o Procurador-geral da República (PGR).

“A informação que tenho é que existe muita documentação e, esta semana, o DCIAP [Departamento Central de Investigação e Ação Penal] pediu mais documentação” ao primeiro-ministro, disse Amadeu Guerra em entrevista ao jornal Nascer do Sol.

O PGR adianta que na próxima semana vai fazer um ponto de situação com o diretor do DCIAP sobre vários inquéritos e vai indagar as razões da demora e a justificação.

“Acho isso legítimo, é aliás a minha obrigação. Mas já fui criticado por isso. Agora, eu não dou efetivamente instruções concretas em AP [averiguação preventiva] ou em inquéritos”, disse.

Em reação a estas declarações de Amadeu Guerra, Luís Montenegro disse durante a manhã desta sexta-feira que se trata de "um pedido muito normal" para poder complementar a informação já enviada. "Nada de mais", afirmou.

O primeiro-ministro disse que durante a tarde iria tentar reunir a documentação solicitada "o mais rápido possível para que se possa finalizar a apreciação que está a ser feita".

A polémica com a empresa Spinumviva surgiu com notícias do Correio da Manhã que indicavam que a empresa familiar do primeiro-ministro se dedicava, entre outras atividades, à compra e venda de imóveis.

Na sequência das notícias desse ramo de atividade da Spinumviva abriu-se a discussão sobre a eventual atividade profissional do primeiro-ministro em paralelo ao exercício de funções governativas e sobre a identidade dos clientes da empresa e possíveis conflitos de interesse.

Luís Montenegro.
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