Luís Montenegro apresentou o Pavilhão de Portugal na Expo 2025.
Luís Montenegro apresentou o Pavilhão de Portugal na Expo 2025.FOTO: Paulo Spranger

Montenegro quer que "o mundo descubra Portugal" com a Expo 2025 no Japão

Primeiro-ministro reconheceu que muito do programa que o país vai levar para Osaka a partir de abril é mérito do anterior Governo, mas destacou importância de se "tirar proveito" deste evento mundial para recolher "frutos dos investimentos" nacionais. Orçamento global é de 21 milhões de euros.
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O primeiro-ministro está confiante de que a participação de Portugal na Expo 2025 em Osaka, no Japão, vai ser uma oportunidade para confirmar que o país "está na linha de frente em vários domínios". Luís Montenegro falava na cerimónia de divulgação do programa português naquela que será a maior exposição internacional de sempre.

"Somos um país que junta a sua estabilidade política, financeira, a capacidade na sua academia, nos projetos de desenvolvimento do seu território, que vale a pena mostrar para poder alavancar a nossa economia", disse, completando que "não há mal nenhum" em se tirar proveito da Expo para trazer valor económico para território nacional e "recolher os frutos do investimento que fazemos".

Luís Montenegro apresentou o Pavilhão de Portugal na Expo 2025.
Conheça o programa de Portugal na Expo Osaka 2025

Para Montenegro, a Expo Osaka traz uma oportunidade única de internacionalização. "Como um país que descobriu o mundo, nos interessa que o mundo descubra Portugal. A exposição universal é um dos contextos onde podemos atingir esse objetivo de forma mais rápida. Estaremos em contato com muitas nações, expostos a muitas comunidades que conhecem menos bem a realidade portuguesa de hoje".

Expo Osaka 2025

Mais de 160 países e de 28 milhões de visitantes são esperados na exposição mundial, que vai decorrer entre 13 de abril a 13 de outubro, sob o tema "Desenhar as sociedades do futuro para as nossas vidas". O evento vai acontecer na ilha Yumeshima, uma ilha artificial na baía de Osaka com mais de 155 hectares.

Reoresentação do Pavilhão de Portugal na Expo Osaka 2025.
Reoresentação do Pavilhão de Portugal na Expo Osaka 2025.©KKAA

A participação nacional vai ser centrada no oceano e na sua preservação. Projetado pelo arquiteto japonês Kengo Kuma, o Pavilhão de Portugal convida os visitantes a mergulhar e a descobrir o oceano. Utiliza cordas suspensas e redes recicladas para criar um efeito de movimento do oceano.

"O Pavilhão de Portugal vai refletir este diálogo entre nossos países. O autor tem uma ligação forte a Portugal, fez a renovação do centro da Gulbenkian e projetou um pavilhão que nos remete de imediato à ligação de Portugal com o oceano", disse a comissária geral para a Expo, Joana Gomes Cardoso.

A meta é superar 1,4 milhões de visitantes no Pavilhão.

No espaço, vai haver uma exposição permanente sobre o mar, além de outras várias que vão ser montadas por temporadas, terá uma loja, um espaço de restauração dedicado à promoção da gastronomia portuguesa e um espaço multiusos preparado para acolher eventos de diversas tipologias.

A programação envolve concertos, workshops, debates, conferências, com duas datas principais já programas.

O 5 de maio, em que celebra-se o Dia Mundial da Língua Portuguesa, foi escolhido como o Dia de Portugal no evento. O primeiro-ministro vai participar das atividades pessoalmente nesta data, em que destaca-se a inauguração de uma exposição dedicada à obra do arquiteto Siza Vieira. Também vai decorrer neste dia uma homenagem à Amália Rodrigues, em parceria com a Câmara Municipal de Lisboa, que vai juntar os fadistas Ana Moura, Camané e Ricardo Ribeiro.

Já no dia 10 de junho, o Pavilhão vai receber um concerto de Carminho no âmbito das comemorações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas.

O investimento global na participação portuguesa na Expo é de 21 milhões de euros. De acordo com o primeiro-ministro, não há "nenhum problema em reconhecer que grande parte do trabalho que nos trouxe até aqui nem fomos nós que fizemos", disse, em alusão ao facto de a organização para a Expo Osaka ter começado ainda no anterior Governo. "Não significa que não tenhamos por ele [o programa] um sentido de compromisso e responsabilidade", completou.

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