Conheça o programa de Portugal na Expo Osaka 2025
Portugal vai investir 21 milhões de euros na participação na Expo 2025, em Osaka, no Japão, revelou a comissária-geral Joana Gomes Cardoso esta quinta-feira (16).
"Estou convencida de que haverá um antes e um depois da Expo. Esta participação não se vai esgotar nos seis meses, queremos que tenha vida além dela", completou a comissária-geral, ao falar durante a divulgação do programa nacional para o evento.
Mais de 160 países e de 28 milhões de visitantes são esperados na exposição mundial, que vai decorrer entre 13 de abril a 13 de outubro, sob o tema "Desenhar as sociedades do futuro para as nossas vidas". O evento vai acontecer na ilha Yumeshima, uma ilha artificial na baía de Osaka com mais de 155 hectares.
A meta para o Pavilhão de Portugal é ultrapassar 1,4 milhão de visitantes. Neste espaço, projetado pelo arquiteto japonês Kengo Kuma, haverá exposições, uma loja, um espaço de restauração dedicado à promoção da gastronomia portuguesa e um espaço multiusos preparado para acolher eventos de diversas tipologias.
Programa
Portugal quer se destacar como líder global na proteção dos oceanos durante a Expo 2025. "Somos um planeta onde os oceanos representam mais de 80% da biodiversiasde e somos um país e onde os oceanos representam mais de 97% do nosso território. O nosso comprometimento comprometimento com esse tema é enorme", disse o primeiro-ministro, Luís Montenegro, na apresentação do programa.
Na área da ciência e tecnologia, serão apresentados projetos de inovação, economia, educação e cultura, através de colaborações entre ministérios, municípios, bem como de parcerias estratégicas de entidades como a Fundação Oceano Azul, Fundação Calouste Gulbenkian, Universidades de Aveiro, Católica e Nova de Lisboa.
Nas artes, a exposição permanente do Pavilhão vai ter o tema “Um país com um passado, presente e futuro construído com o oceano". Apresentada em duas salas, foi concebida pela empresa portuguesa MUSE, com a combinação de diversas expressões artísticas, narrativas históricas e saberes sobre o oceano que vão trazer uma experiência multimédia imersiva e interativa aos visitantes.
A zona de entrada no Pavilhão vai abrigar uma instalação sonora criada pelo compositor Diogo Alvim inspirada nos sons do oceano e da guitarra portuguesa.
Na área da economia, empresas e entidades que apostam na economia azul vão estar presentes, entre elas: Docapesca, a Tunipex, Fórum Oceano. Vai haver, ainda, a presença de outros setores de forte aposta da economia portuguesa, como a cortiça (Corticeira Amorim e CorkRibas), a mobilidade (Abimota e Smartuga), a indústria aeroespacial (Agência Espacial Portuguesa) ou o setor têxtil (CENIT, ATP).
Portugal vai apresentar exposições, workshops e concertos que abrangem várias áreas artísticas e culturais. Entre os destaques, uma exposição sobre arquitetura portuguesa, uma mostra sobre design gráfico, e a apresentação de artes e ofícios portugueses com o programa Saber Fazer da DG Artes.
O 5 de maio, em que celebra-se o Dia Mundial da Língua Portuguesa, foi escolhido como o Dia de Portugal no evento. O primeiro-ministro vai participar das atividades pessoalmente nesta data, em que destaca-se a inauguração de uma exposição dedicada à obra do arquiteto Siza Vieira. Também vai decorrer neste dia uma homenagem a Amália Rodrigues, em parceria com a Câmara Municipal de Lisboa, que vai juntar os fadistas Ana Moura, Camané e Ricardo Ribeiro.
Já no dia 10 de junho, o Pavilhão vai receber um concerto de Carminho no âmbito das comemorações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas.
Em solo português
Durante a realização da Expo, há atividades programadas também para várias regiões no país. "É um programa paralelo: Osaka em Portugal, com atividades por todo o país como exposições, concertos, debates", disse a comissária-geral.
Joana Gomes Cardoso destacou também a parceria com o Plano Nacional das Artes, pela qual mais de 60 escolas do país vão trabalhar a importância do Oceano e explorar o conhecimento sobre o Japão durante o ano de 2025.