O ministro do Ambiente reconheceu hoje que, com o trabalho feito para tratar a poluição do rio Tejo, esperava ter mais resultados, mas realçou o aumento acentuado do número de ações de fiscalização efetuadas.."Tinha a expectativa que, em face do trabalho produzido [para enfrentar os casos de poluição do Tejo], pudéssemos ter melhores resultados", o que significa que "tenho mais para fazer", disse João Matos Fernandes no parlamento..Mas, salientou não haver "qualquer semelhança" entre as ações de fiscalização realizadas este ano e em 2016..Segundo o governante, em 2016, foram realizadas 37 fiscalizações, número que subiu para 242 em 2017..Quanto aos autos de notícia, passaram de 12 para 80, naquele período..O ministro do Ambiente falava na audição conjunta nas comissões do Orçamento e Finanças, de Economia, Inovação e Obras Públicas e de Ambiente, Ordenamento do Território, Descentralização, Poder Local e Habitação, no âmbito da apreciação, na especialidade, da proposta de Orçamento do Estado para 2018..Vários deputados da oposição colocaram questões acerca dos casos de poluição do rio Tejo e da sua gestão em ano de seca severa, como Duarte Marques, do PSD, que teceu criticas à falta de ação na penalização dos prevaricadores na área do ambiente..O ministro explicou ainda que, até há um ano e meio atrás, a Inspeção Geral da Agricultura, Mar, Ambiente e Ordenamento do Território (IGAMAOT) levantava autos de notícia, mas eram "sanções acessórias e a eficácia era pequena"..Para exemplificar a mudança, avançou que "há um mês e meio, foi detido um empresário" por ser poluidor reincidente, o que "nunca tinha acontecido".."Acredito que num ano de seca como este as coisas correram menos bem mas acredito que vamos ter mais sucesso", no futuro, salientou o ministro..Numa audição que se prolongou por cerca de seis horas, foram vários os temas tutelados pelo Ministério do Ambiente objeto de perguntas dos deputados, como os transportes - dos metros de Lisboa e Porto, à Soflusa -, mas também a habitação, conservação da natureza e os resíduos..João Matos Fernandes esteve na Assembleia da República acompanhado pelos seus secretários de Estado adjunto e do Ambiente, José Mendes, do Ambiente, Carlos Martins, da Conservação da Natureza, Célia Ramos, e da Habitação, Ana Pinho.