Ministra admite que tempos de espera nas urgências hospitalares são "inaceitáveis" e que problema tem de "ser resolvido"
A ministra Ana Paula Martins está esta segunda-feira (3) de visita a uma das maiores unidades hospitalares do país, a Unidade Local de Saúde Santa Maria, em Lisboa. E admitiu que "15h, 16h ou 17horas de espera para um doente ser assistido nas urgências é inaceitável",confrontada pelos jornalistas com os tempos de espera atingidos neste último fim-de-semana nas urgências hospitalares de alguns hospitais, nomeadamente no Amadora-Sintra, que chegou às 15 horas para doentes urgentes (mesmo assim, menos do que no fim-de-semana anterior, em que este doentes chegaram a esperar mais de 30 horas, tal como o DN noticiou).
Os jornalistas questionaram ainda a ministra se mantinha o que disse há tempos sobre o Plano de Inverno, que "não era um falhanço", ao que a titular da pasta da Saúde desde março do ano passado reiterou: "Mantenho o que disse em relação às 164 urgências hospitalares que trabalham em contínuo, como em relação aos centros que trabalham com horário prolongado e aos centros clínicos de atendimento", sublinhando, no entanto, que "nunca escondi que a situação na região de Lisboa e Vale do Tejo, bem como a da Península de Setúbal, relativamente às urgências, sobretudo de obstetrícia, são uma grande preocupação".
A ministra disse mais uma vez que a situação nestas áreas tem de se resolvida, mas que o problema "não nasceu há um mês, dois, três ou dez meses. Já existia e tem de ser resolvido". "Temos de fazer um caminho, mas muito em breve tomaremos medidas", acrescentou.
No entanto, não adiantou quais, prometendo aos jornalistas que quando o inverno terminar será feito um balanço ao plano traçado para as unidades do Serviço Nacional de Saúde darem resposta às afluências nas urgências hospitalares. Disse também que a Direção-Geral da Saúde, entidade responsável pelos relatórios da área materno-infantil, continua a trabalhar com a subcomissão de técnicos nomeados para esta área e que o Governo irá olhar para o relatório final e para as suas recomendações para as seguir e implementar. "Muito em breve" será feito também "um ponto da situação do Plano de Emergência e Transformação da Saúde", anunciou.