Proteção Civil contabilizou 8600 ocorrências até às 22 horas. Chuva e vento forte vão manter-se
Proteção Civil contabiliza 8600 ocorrências em Portugal continental até às 22 horas
A Proteção Civil contabiliza 8.600 ocorrências em Portugal continental, entre as 00:00 de quarta-feira e as 22:00 de hoje, devido à passagem da depressão Martinho, em que a região mais afetada é a de Lisboa e Vale do Tejo.
Segundo uma fonte da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), a tipologia de ocorrências com maior incidência foi a queda de árvores, a totalizar 4.751 ocorrências, seguido de queda de estruturas, 2.251 e limpezas de via com 1.389.
Das 8.600 ocorrências registadas pela Proteção Civil, as áreas mais afetadas foram as regiões de Lisboa e Vale do Tejo, com 5.250 e a região Centro com um total de 1.722.
Relativamente às ocorrências mais significativas em curso, a Proteção Civil destacou situações em ruas, avenidas e travessas de "um conjunto significativo ainda de locais por toda a Grande Lisboa, em particular".
Quanto ao registo de vítimas, a ANEPC lembrou o registo de uma pessoa ferida com gravidade no concelho de Sintra (distrito de Lisboa), após a queda de uma árvore na quarta-feira, e de um ferido ligeiro (um maquinista de comboios) na Linha de Cascais, no mesmo distrito, na sequência da colisão de uma composição ferroviária de passageiros com uma árvore caída na linha.
Na cidade de Lisboa, o município disse hoje de manhã que houve seis pessoas feridas, que não motivam preocupação, dos quais um agente da Polícia Municipal e outro da PSP, dois bombeiros e dois civis.
Também 15 pessoas ficaram desalojadas e 13 tiveram de ser deslocadas, em resultado da passagem da depressão.
De acordo com a Proteção Civil, as condições meteorológicas adversas da passagem da depressão Martinho obrigaram à deslocação de 200 pessoas do parque campismo de Pinhal Novo, em Palmela, no distrito de Setúbal.
A passagem da depressão Martinho, com chuva, vento e agitação marítima fortes, provocou milhares de ocorrências no continente português, na maioria quedas de árvores e estruturas, sobretudo na madrugada de quinta-feira, quando vigoraram avisos meteorológicos laranja, o segundo nível mais grave.
Estradas, portos, linhas ferroviárias, espaços públicos, habitações, equipamentos desportivos, viaturas e serviços de energia e água foram afetados, em especial nas regiões de Lisboa e Vale do Tejo, Centro e Sul, registando-se um ferido grave e perto de uma dezena de feridos ligeiros.
Na noite de quarta para quinta-feira, os ventos fortes ajudaram a propagar cerca de meia centena de incêndios rurais no Minho, sem registo de vítimas ou danos em habitações, numa época pouco propícia a fogos.
Tribunal de Sintra encerrado na sexta-feira após queda de placas da cobertura
O Tribunal de Sintra vai estar encerrado na sexta-feira, após a queda de novas placas da cobertura e uma porta arrancada pelo vento, na madrugada de hoje, determinou a Direção-Geral da Administração da Justiça (DGAJ).
Um despacho da diretora-geral da Administração da Justiça, Filipa Lemos Caldas, determinou "o encerramento imediato dos serviços dos tribunais instalados no Palácio de Justiça de Sintra, a fim de prevenir qualquer risco para a segurança de todos os utilizadores", até ao final de sexta-feira, reabrindo na segunda-feira.
No despacho, assinado após as 15:00, refere-se que, apesar da "intervenção da Proteção Civil" na quarta-feira, registou-se hoje a queda de outros elementos da cobertura do edifício, situado num dos acessos à vila de Sintra, subsistindo preocupação com a integridade física dos utilizadores do Palácio de Justiça.
Filipa Lemos Caldas explicou que serão removidos elementos do edifício entre hoje e sexta-feira e só após essa intervenção "se poderá concluir em definitivo pela inexistência de perigo para pessoas e bens".
O encerramento, acrescentou a diretora-geral, foi determinado após ouvir os juízes presidentes do Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa Oeste e dos Tribunais Administrativos e Fiscais da Zona Sul.
Segundo uma fonte do tribunal, que pediu para não ser identificada, a queda de elementos da estrutura "não é nova" e há "cerca de dois meses" atingiram mesmo viaturas estacionadas no parque junto ao edifício, incluindo de funcionários judiciais.
A mesma fonte confirmou que, na quarta-feira, caíram várias placas da cobertura, levando à intervenção da Proteção Civil Municipal de Sintra, e a DGAJ determinou o encerramento dos serviços no Palácio de Justiça, mas a comunicação só foi conhecida já as instalações estavam encerradas ao público.
Fonte oficial do Ministério da Justiça explicou que a decisão da DGAJ, para "prevenir qualquer risco", foi tomada tendo em consideração as previsões de agravamento das condições atmosféricas.
Na quarta-feira, após as 20:00, a diretora-geral proferiu um novo despacho considerando que, após a intervenção da Proteção Civil e informação do Instituto de Gestão Financeira e Equipamentos da Justiça (IGFEJ), "deixou de se verificar perigo para pessoas e bens" e estavam reunidas "as condições" para o tribunal abrir hoje no horário normal.
No entanto, na madrugada de hoje, o forte vento e chuva provocados pela depressão Martinho levaram à queda de "dezenas de placas da cobertura", que ficaram espalhadas pela envolvente do edifício, incluindo uma "que voou até à rotunda" de acesso ao tribunal e ao bairro da Portela de Sintra.
"A força do vento arrancou uma das portas pelas dobradiças" do sistema giratório de uma das entradas no edifício, contou uma fonte do tribunal.
Os danos levaram a que os funcionários, advogados e outros utentes tivessem que usar uma das portas laterais nessa entrada para aceder ao edifício, como constatou a Lusa no local.
Estações de metro de Santa Apolónia, Oriente e Rossio abertas durante a noite
O Metropolitano de Lisboa (ML) vai manter abertas esta madrugada as estações de Santa Apolónia, Oriente e Rossio, devido às condições meteorológicas, no âmbito do plano de contingência para as pessoas em situação de sem-abrigo, anunciou a empresa.
"A ativação deste plano deve-se às previsões do IPMA (Instituto Português do Mar e da Atmosfera), que apontam para continuação de condições meteorológicas adversas", justifica o ML.
Assim, na madrugada de quinta para sexta-feira estarão abertas as estações de Santa Apolónia (norte, passeio junto edifício da estação), Oriente (entrada pelo portão lado Tejo/centro comercial) e Rossio (entrada pelo portão da Praça da Figueira, junto ao Rossio).
Empresas hortofrutícolas do sudoeste alentejano com danos bastante significativos
Empresas hortofrutícolas do sudoeste alentejano sofreram "danos bastante significativos" em estufas e outras estruturas, devido ao vento forte registado na madrugada de hoje, revelou uma associação do setor, que remeteu para os próximos dias a quantificação dos prejuízos.
Em declarações à agência Lusa, o presidente da Associação de Horticultores, Fruticultores e Floricultores dos Concelhos de Odemira e Aljezur (AHSA), Luís Mesquita Dias, indicou que "os danos são bastante significativos", frisando, porém, que "é impossível, para já, quantificá-los".
"Os danos nas estufas foram realmente substanciais e, ao ter danos nas estufas, tem danos nos produtos que estavam cultivados debaixo das estufas", pelo que "o potencial produtivo fica questionado e precisa de ser recuperado", afirmou.
Segundo o dirigente da AHSA, uma das empresas associadas relatou à associação que 10 estufas em túnel de um total de cerca de 20 foram derrubadas pelo vento, durante a madrugada.
"Mas os danos que nos foram reportados não se limitaram às estufas, houve vários edifícios, houve painéis fotovoltaicos, que foram destruídos", adiantou.
Luís Mesquita Dias referiu que as empresas que registaram estragos devido ao mau tempo produzem frutos vermelhos e produtos hortícolas, sobretudo, na zona de Odemira, distrito de Beja, mas também em Aljezur, no de Faro.
"Nas culturas ao ar livre, com as chuvas das duas semanas anteriores, produtos bastante sensíveis, como hortícolas, alfaces e os espinafres, já tinham sido afetados, mas o grosso do dano foi nesta última noite", realçou.
Assinalando que, nos próximos dias, haverá "uma visão bastante mais precisa" da dimensão dos prejuízos, o responsável disse que a AHSA vai avançar com a quantificação dos estragos provocados pelo mau tempo.
"As empresas estão, sobretudo, preocupadas em resolver os seus problemas operacionais, repor o seu potencial produtivo e até procurar ter acesso aos apoios, que espero que não tardem, porque nestas situações é sempre muito importante que os apoios não sejam apenas comunicados, mas sejam consubstanciados", acrescentou.
A Associação de Horticultores, Fruticultores e Floricultores dos Concelhos de Odemira e Aljezur tem 42 associados nos dois concelhos.
Sete distritos sob aviso amarelo devido à chuva forte
Sete distritos de Portugal continental estão hoje sob aviso amarelo devido à chuva forte, com Faro e Beja a estarem em alerta amarelo devido ao vento, de acordo com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).
O aviso por precipitação, por vezes forte, que pode ser de granizo e acompanhada de trovoada, é válido até às 21:00 de hoje, para os distritos de Évora, Guarda, Setúbal, Santarém, Lisboa e Portalegre. Em Castelo Branco, o alerta termina às 00:00 de sexta-feira.
Faro e Beja estão até às 21:00 de hoje sob aviso amarelo devido ao vento "sudoeste rodando para oeste com rajadas até 75 km/h, em especial no litoral e nas serras", referiu o IPMA, em comunicado.
Estes dois distritos estarão sob o mesmo aviso entre as 06:00 e as 12:00 de sexta-feira, enquanto em Setúbal, Viana do Castelo, Porto, Lisboa, Leiria, Aveiro, Coimbra e Braga o alerta é entre as 12:00 de sexta-feira e as 12:00 de sábado.
Porto, Viana do Castelo, Lisboa, Leiria, Aveiro, Coimbra e Braga estão sob aviso amarelo devido à agitação marítima, passando a laranja a partir das 00:00 de sábado, até às 00:00 de domingo. Já Faro, Setúbal e Beja estão sob alerta amarelo devido à agitação marítima até às 06:00 de domingo.
Registadas mais de 24 ocorrências junto à orla costeira
A Autoridade Marítima Nacional (AMN) registou durante a madrugada de hoje mais de 24 ocorrências com embarcações junto à orla costeira, sem vítimas a registar, devido ao mau tempo provocado pela depressão Martinho.
Em comunicado, a AMN faz um balanço das ocorrências registadas durante a madrugada de hoje, alerta para um "agravamento considerável das condições meteorológicas e de agitação marítima a norte de Portugal nas próximas horas" e reforça o apelo à adoção de medidas de segurança.
Na nota, a AMN começa por dar conta que, na jurisdição da capitania do Porto da Nazaré, no distrito de Leiria, as autoridades registaram um encalhe e um afundamento na localidade de São Martinho do Porto.
No concelho de Cascais, no distrito de Lisboa, dois veleiros encalharam, uma embarcação de pesca local naufragou e cinco embarcações auxiliares ficaram "semisubmersas".
Em Lisboa, o mau tempo que se fez sentir fez soltar uma barcaça no cais da Matinha, que embateu contra o Terminal de Cruzeiros e derramou combustível.
Em Setúbal, as autoridades registaram "vários danos de pequenas dimensões em diversas embarcações, sendo que cinco delas afundaram, segundo a AMN.
A sul de Portugal, na jurisdição da capitania de Portimão, a AMN registou que dois veleiros ficaram à deriva e duas embarcações encalharam numa praia portuária não balnear.
Ainda no distrito de Faro, as autoridades indicam que houve quatro veleiros que ficaram à deriva no Rio Guadiana, na zona de Vila Real de Santo António, devido a descargas de barragens.
Algumas escolas encerradas em Torres Vedras por falta de eletricidade
Várias escolas do concelho de Torres Vedras estiveram hoje encerradas por falta de eletricidade devido ao mau tempo, disse a presidente da câmara municipal em conferência de imprensa.
"Escolas na Freiria, São Domingos de Carmões, Dois Portos, Chãos (Freiria) e Cabeça Gorda não tinham eletricidade e não abriram", afirmou Laura Rodrigues.
"A E-Redes está a fazer um esforço para reparar as avarias e repor o fornecimento", adiantou.
Entretanto, um casal de idosos ficou desalojado na freguesia de A-dos-Cunhados, devido ao destelhamento da habitação e foi realojado por familiares.
A Proteção Civil Municipal registou 82 alertas de quedas de árvores, 25 das quais estavam, pelas 15h00, pendentes de resolução, 150 outros alertas, desde quedas de postes de telecomunicações e de eletricidade, quedas de estruturas ou destelhamentos, disse a coordenadora, Marta Rodrigues.
Durante a manhã, as equipas "foram reforçadas para responder com prontidão às ocorrências", adiantou.
Os bombeiros locais registaram 150 alertas, que mobilizaram 371 bombeiros e 114 veículos, sendo que o pico maior foi entre as 02h00 e as 03h00, com 15 alertas para situações de quedas de árvores, de postes e estruturas, destelhamentos e uma inundação, afirmou o comandante Hugo Jorge.
Segundo a coordenadora da Proteção Civil, pelas 17h30, várias localidades na freguesia de São Mamede da Ventosa também se encontravam sem eletricidade.
Barcaça solta-se em Lisboa, derrame controlado
O mau tempo que se fez sentir esta noite, à passagem da depressão Martinho, fez soltar uma barcaça no cais da Matinha, em Lisboa, que derramou combustível, situação já controlada pelas autoridades, segundo fonte da Polícia Marítima.
Em declarações à Lusa, o capitão do Porto de Lisboa e comandante da Polícia Marítima de Lisboa, Paulo Vicente, explicou que a embarcação se soltou, "fruto das más condições" meteorológicas, e ficou "parcialmente submersa".
As autoridades deram conta disso durante a madrugada e mobilizaram para o local meios técnicos de combate à poluição da Capitania e da Administração do Porto de Lisboa, adiantou, referindo que houve outros episódios envolvendo embarcações provocados pelo mau tempo, mas "todos controlados".
Já a situação da embarcação que tombou resultou na libertação de "algum combustível", nomeadamente gasóleo e hidrocarboneto, confirmou Paulo Vicente, realçando que o derrame "foi combatido e controlado".
O capitão explicou ainda que, enquanto o gasóleo faz uma mancha mas evapora logo, o hidrocarboneto fica.
Segundo Paulo Vicente, o derrame "foi em quantidade reduzida e permitiu a atuação com matéria absorvente, que controlou a situação".
"O derrame está contido, mas estamos a monitorizar", referiu, acrescentando que a empresa responsável (ETE) está agora a "fazer um plano de reflutuação para normalizar" a embarcação, uma barcaça com uma grua que é utilizada no carregamento dos navios no Mar da Palha.
Registadas 920 ocorrências na cidade de Lisboa sobretudo queda de árvores
A cidade de Lisboa contabilizou 920 ocorrências, entre as 21:00 de quarta-feira e as 16:00 de hoje, devido à passagem da depressão Martinho, sendo que a maioria está associada a queda de árvores, com 433 situações.
Num novo balanço sobre os efeitos das condições meteorológicas adversas na capital, a Câmara de Lisboa informou que, pelas 16:00, se encontravam ativas 358 das 920 ocorrências registadas, sublinhando que as restantes 562 ocorrências estavam já fechadas.
Segundo os dados enviados à agência Lusa, a maioria das ocorrências está relacionada com queda de árvores (433), queda de estruturas (285) e queda de revestimentos (169).
A Câmara de Lisboa tem ainda registo de inundações (18), acidentes rodoviários (oito) e apoio à população (sete).
O total de 920 ocorrências na cidade de Lisboa, entre as 21:00 de quarta-feira e as 16:00 de hoje, corresponde à soma dos dados registados pelo Serviço Municipal de Proteção Civil, pelo Regimento de Sapadores Bombeiros e pela Polícia Municipal.
Relativamente à distribuição destas ocorrências pelas 24 freguesias lisboetas, a maioria foi em Alvalade (75), Olivais (72), Marvila (60), Benfica (59), Penha de França (59), São Domingos de Benfica (50), Santa Maria Maior (47), Lumiar (46), Belém (44) e Arroios (40).
As restantes freguesias também registaram situações, nomeadamente a Ajuda (31), Areeiro (31), Avenidas Novas (31), Campo de Ourique (29), Campolide (27), São Vicente (27), Estrela (26), Santo António (26), Alcântara (25), Beato (25), Carnide (23), Misericórdia (20), Parque das Nações (19) e Santa Clara (18), segundo os dados disponibilizados pela autarquia.
Principal produção nacional de morangos em risco em Torres Vedras
A principal produção nacional de morangos está em risco em Torres Vedras, depois de as estufas terem ficado danificadas pelo mau tempo de hoje de madrugada, disseram à agência Lusa representantes dos produtores.
"Ainda estamos a fazer o levantamento da dimensão dos prejuízos nas estufas para enviar para a Direção Regional de Agricultura de Lisboa e Vale do Tejo [DRALVT], mas a zona pior é a da produção de morangos do Ameal, que é a principal mancha de produção nacional de morangos a nível nacional", afirmou Carla Miranda, técnica na única organização de produtores de morangos do concelho.
Os oito produtores do agrupamento "ficaram todos com prejuízos" e com 70 hectares de estufas danificadas.
"Os agricultores andam a retirar plásticos e ferros destruídos da produção, que está em plena colheita, também vai continuar a chover e a produção, que já é sensível e por isso tem de ser protegida, vai ficar afetada e tenderá a ganhar doenças", explicou.
Estádio do Restelo também sofreu com o temporal
O Clube de Futebol “Os Belenenses” também foi afetado pela depressão "Martinho" que atingiu fortemente o país, tendo-se verificado alguns danos não estruturais no interior do estádio.
O clube encontra-se em contacto com as autoridades por forma a assegurar a resolução do problema, estando a equipa de manutenção do clube a fazer as intervenções possíveis de identificação, diagnóstico, limpeza e remoção dos estragos.
Em resultado desta situação, o clube informa que o acesso ao interior do complexo, na zona do estádio, tanto automóvel como de pessoas, se encontrará condicionado nos próximos dias por forma a acautelar a segurança, certo da compreensão de todos pelo incómodo causado por esta situação.
Atendendo aos avultados prejuízos, o Belenenses vai accionar todos os meios para que no mais curto espaço de tempo seja reposta a normalidade, desde logo no que à prática desportiva respeita.
Mulher ferida após queda de árvore com "prognóstico muito reservado"
Uma mulher que ficou na quarta-feira ferida após ter sido atingida por uma árvore na Lagoa Azul, em Sintra, distrito de Lisboa, encontra-se internada com "prognóstico muito reservado", informaram à Lusa fontes da autarquia e dos bombeiros.
Em declarações à Lusa, fonte dos Bombeiros Voluntários de São Pedro de Sintra explicou que o incidente ocorreu cerca das 14:00, tendo os bombeiros ocorrido ao local deparando-se com uma mulher, "com cerca de 30 anos", sob uma árvore.
Segundo a mesma fonte, a mulher foi transportada "em estado muito grave" para o hospital São Francisco Xavier, em Lisboa.
De acordo com fonte da Câmara Municipal de Sintra, a mulher "andava a passear a pé quando caiu uma árvore sobre ela", encontrando-se com "prognóstico muito reservado".
A Proteção Civil tinha dado conta na quarta-feira da existência de um ferido grave.
CAP diz que houve danos em culturas no Oeste e Alentejo e precisam de ser contabilizados
O secretário-geral da Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) disse hoje à Lusa que a tempestade de hoje de madrugada provocou danos em culturas, em estufas no Oeste e Alentejo, e que agora terão de ser contabilizados pelas autoridades.
"A tempestade de ontem danificou estufas, partiu árvores, estragou culturas. Especialmente nas estufas já tenho relatos de vários casos de destruição tanto aqui na Zona Oeste como no Litoral Alentejano", disse Luís Mira à Lusa.
O responsável afirmou que agora cabe às Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) avaliar rapidamente o que se passou e fazer "uma listagem dos prejuízos e apresentar essa situação ao Ministério [da Agricultura".
Segundo explicou, para esses produtores há fundo europeus para reposição do potencial produtivo.
Lusa
Constrangimentos nos portos de Lisboa, Setúbal, Sines e Leixões
A passagem da depressão Martinho está a causar constrangimentos nos portos de Lisboa, Setúbal, Sines e Leixões, anunciou hoje o Ministério das Infraestruturas e Habitação (MIH).
Numa nota enviada às 12:h46, o MIH destacou que no Porto de Lisboa "os navios de cruzeiro aguardam entrada e outros não conseguiram entrar devido à ondulação de quatro metros na barra do porto".
"Há também navios de carga em espera por melhoria das condições meteorológicas", acrescentou.
No Porto de Setúbal também "não estão previstas entradas e saídas da barra enquanto não melhorarem as condições meteorológicas".
No Porto de Sines (distrito de Setúbal) está limitada a entrada de navios em dois dos terminais.
Em Leixões (concelho de Matosinhos, distrito do Porto), a depressão danificou infraestruturas no porto, "mas sem implicação no terminal ou no funcionamento da portaria", destacou o MIH.
Lusa
Circulação de comboios retomada na Linha de Cascais
A situação na Linha de Cascais está a normalizar, uma vez que foi retomada a circulação de comboios, por volta das 12:50, entre o Cais do Sodré (Lisboa) e Algés (Oeiras). Esteve totalmente interrompida devido aos mau tempo que provocou danos significativos numa catenária, de acordo com a Comboios de Portugal (CP).
Fonte da Infraestruturas de Portugal (IP) confirmou à Lusa a reabertura deste troço da Linha de Cascais, no distrito de Lisboa, realçando que a circulação já se faz nos dois sentidos.
Antes, a IP informou sobre o restabelecimento da circulação na Linha de Cascais, dando conta que seria "feito de forma faseada”.
Na nota da IP, citada pela Lusa, foi rereferido que às 12h00 a Linha do Norte estava condicionada entre Bobadela (Loures, distrito de Lisboa) e Alverca (Vila Franca de Xira, no mesmo distrito), onde a circulação estava apenas a efetuar-se por duas (das quatro) vias.
Quedas de árvores entre as várias ocorrências em Alverca, concelho de Vila Franca de Xira
Vento forte causa estragos em dois campos de futebol no concelho de Beja
A queda de várias árvores, causada pelo vento forte registado na madrugada de hoje, devido à depressão Martinho, provocou estragos avultados em dois campos de futebol no concelho de Beja, além de ter danificado mais de duas dezenas de viaturas.
Numa nota publicada na sua página oficial na rede social Facebook, a Câmara de Beja revelou que o Complexo Desportivo Fernando Mamede "sofreu danos consideráveis ao nível da vedação, banco de suplentes, estrutura de lançamentos, postes de salto à vara, e redes de sustentação do recinto, bem como a pista de aeromodelismo".
Já na freguesia de Salvada, no Campo de Jogos Terras de Pão, a queda de árvores destruiu grande parte da vedação do recinto desportivo, assim como uma baliza, confirmou à agência Lusa o presidente do clube local.
"Existe muita destruição, pois as árvores que circundam o campo de jogos acabaram por ceder com a força do vento e destruíram grande parte da vedação à volta do campo, incluindo uma das balizas, que está totalmente destruída", disse o presidente do Clube Desportivo e Recreativo Salvadense, Manuel Carvalho.
Questionado pela Lusa sobre o valor do prejuízo, o dirigente alentejano disse não ser possível, "de momento, quantificar isso".
"Mas é sempre muito para quem não tem praticamente nada", frisou, reconhecendo ser "desolador" ver o trabalho do clube "totalmente destruído".
Manuel Carvalho disse ainda que "já foi agilizada" com a Junta de Freguesia de Salvada e Quintos e o município de Beja a remoção dos destroços, estando o clube igualmente "em contacto com a Associação de Futebol de Beja".
Segundo fonte do Comando Sub-Regional do Baixo Alentejo, até cerca das 12:20 foram registadas mais de 80 ocorrências no distrito de Beja, sobretudo quedas de árvores.
A mesma fonte acrescentou que os concelhos mais afetados foram Beja e Ferreira do Alentejo, assim como Almodôvar e Mértola, não existindo qualquer ocorrência registada nos municípios de Alvito e Barrancos.
A queda de árvores e outras estruturas causaram também danos em 21 viaturas na cidade de Beja, disse à Lusa o comandante dos bombeiros voluntários, Pedro Barahona.
O responsável acrescentou ter também registo de "ecopontos que voaram, tendo provocado um despiste de uma viatura, mas sem vítimas, na Avenida Comandante Ramiro Correia, em Beja".
Na nota publicada no Facebook, a Câmara de Beja informou que o troço da Estrada Nacional 391 entre as duas entradas para a aldeia de Cabeça Gorda está cortado ao trânsito, devido "a queda de árvore de grande porte".
Lusa
Linha de Cascais continuava interrompida às 12:00, Linha do Sul reaberta
A circulação ferroviária na Linha de Cascais continuava interrompida às 12:00 devido a danos significativos numa catenária, enquanto a Linha do Norte estava condicionada entre Bobadela e Alverca, segundo um balanço da Infraestruturas de Portugal (IP).
Numa nota, a IP revelou ainda que a circulação foi já restabelecida na Linha do Sul entre Pinheiro e Vale do Guizo, em Alcácer do Sal (distrito de Setúbal).
Segundo a IP, a interrupção da Linha de Cascais, no distrito de Lisboa, "deverá manter-se por um período mais prolongado, sendo que o restabelecimento da circulação será feito de forma faseada".
A Linha do Norte estava condicionada entre Bobadela (Loures, distrito de Lisboa) e Alverca (Vila Franca de Xira, no mesmo distrito), onde a circulação estava apenas a efetuar-se por duas (das quatro) vias.
Às 12:00, apenas a Estrada Nacional (EN) 120, entre Odeceixe e Aljezur (distrito de Aljezur), estava encerrada ao trânsito, tendo sido interditada de forma preventiva na tarde de quarta-feira, "face ao risco de deslizamento da plataforma rodoviária".
Estes incidentes resultaram das condições meteorológicas adversas que se fizeram sentir durante a última madrugada devido à depressão Martinho e que provocaram várias situações de condicionamentos nas redes rodoviária e ferroviária, explicou a IP.
"As fortes rajadas de vento e chuva persistente tiveram como consequência a ocorrência de centenas de queda de árvores e ramos e também várias estruturas, nomeadamente painéis publicitários, que afetaram as condições de mobilidade e segurança, obrigando ao corte da circulação em diversas estradas e vias-férreas", acrescentou.
Lusa
Mantém-se a chuva e vento forte para os próximos dias. Não estão descartados "fenómenos de vento extremo"
Espera-se chuva e vento forte até sábado, apesar do desagravamento do estado do tempo, segundo a Proteção Civil.
Não está descartada a possibilidade de "fenómenos de vento extremo na zona litoral e na zona centro e sul do país".
A agitação marítima vai também manter-se nos próximos dias, havendo risco de inundações e cheias devido ao aumento dos caudais dos rios.
Responsável referiu que se devem evitar deslocações e falou na necessidade de serem limpos os sistemas de drenagem.
As quase seis mil ocorrências já registadas, a maioria na área da Grande Lisboa, traduz-se numa "situação que ultrapassa a média de ocorrências para um fenómeno deste tipo", disse Alexandre Penha, adjunto de operações da Proteção Civil.
Entre as 00h00 e as 11h00, registaram-se "48 incêndios" na região de Arcos de Valdevez
Responsável falou ainda sobre os incêndios que deflagraram na quarta-feira à noite na região de Arcos de Valdevez. Entre as 00h00 e as 11h00, registaram-se "48 incêndios".
"Não é habitual" nesta altura do ano, disse Alexandre Penha. "Demonstra o mau uso do fogo que ainda se vai fazendo, apesar de estarmos a sair da estação de inverno"
Há a registar "13 deslocados e 15 desalojados"
A maioria das ocorrências diz respeito a quedas de árvores e de objetos.
Alexandre Penha, adjunto de operações da Proteção Civil, indicou ainda que há a registar "13 deslocados e 15 desalojados".
Proteção Civil regista mais de 5 mil ocorrências, 35% na área da Grande Lisboa
Foram registadas 5800 ocorrências em todo o país, entre as 00h00 e as 11h00, devido ao mau tempo, informou Alexandre Penha, adjunto de operações da Proteção Civil.
35% das ocorrências ocorreu na área da Grande Lisboa, ou seja, mais de duas mil. "Segue-se a área de Setúbal, também bastante afetada, com 10% das ocorrências. Depois o Porto e a área de Coimbra, acima das 300 ocorrências", afirmou o responsável num balanço feito aos jornalistas.
Cobertura das piscinas de Figueira de Castelo Rodrigo destruída pelo vento
Os fortes ventos da madrugada de hoje arrancaram a cobertura da nave das piscinas municipais de Figueira de Castelo Rodrigo, que estão encerradas por tempo indeterminado.
"A cobertura ficou completamente danificada e voou para a avenida com a força do vento. Felizmente, não passava ninguém àquela hora e não se registaram mais danos", disse o presidente do município, Carlos Condesso, à Lusa.
Segundo o autarca, a ocorrência terá sido entre as 03:00 e as 03:30 horas de hoje e mobilizou bombeiros, elementos da proteção civil municipal e funcionários camarários.
"Apenas foi afetada a cobertura da nave, não houve danos na zona dos balneários, receção e gabinetes", adiantou Carlos Condesso.
A Avenida Sá Carneiro, que dá acesso ao Centro de Saúde, foi parcialmente cortada para permitir a limpeza dos destroços da via, mas reabriu ao trânsito ao princípio da manhã.
Lusa
Ministra pede aos portugueses que sigam indicações da Proteção Civil. "Depressão ainda não passou"
Margarida Blasco, ministra da administração Interna, pede aos portugueses que "cumpram escrupulosamente as indicações da Proteção Civil". "A depressão ainda não passou, dirige-se agora para Norte", afirmou a governante, que pede aos cidadãos para limitarem as suas deslocações.
"Tivemos cerca de 3.590 ocorrências neste periodo que ainda não acabou", vincou a ministra, indicando que há a registar 13 desalojados.
Falou no "apoio extraordinário" das várias forças de segurança e entidades que estão a acompanhar os trabalhos no terreno, como os elementos da Proteçao Civil, a PSP, a GNR, os bombeiros e as autarquias.
Segundo a ministra, 13 mil pessoas estão no terreno em todo o pais.
Danos no Estoril. Mau tempo condiciona circulação de comboios na linha de Cascais
Mau tempo provoca estragos no Atrium Saldanha, em Lisboa
Efeitos do mau tempo na baía de Cascais. Veja as imagens
Cerca de 50 mil clientes continuam sem eletricidade
Cerca de 50 mil clientes fornecidos pela E-Redes - Distribuição de Eletricidade dos distritos de Leiria, Coimbra e Vila Real, continuavam pelas 10:00 sem energia, devido aos efeitos do mau tempo, segundo o último ponto de situação.
Apesar da rede estar mais estabilizada, a empresa não consegue prever quando ocorrerá a reposição integral, disse fonte da E-Redes à agência Lusa.
A situação pior ocorreu pela 01:00, quando 185 mil clientes ficaram sem luz devido aos estragos na rede elétrica.
Lusa
Governo pronto para acionar todos os meios mas situação "está muito estabilizada", diz Montenegro
O primeiro-ministro disse hoje que a situação meteorológica em Portugal "está muito estabilizada", depois de uma madrugada com mais de 4.000 ocorrências devido ao mau tempo, e anunciou que o Governo está preparado para acionar quaisquer meios necessários.
"Neste momento creio que a situação está muito estabilizada, não tenho informação de que haja um agravamento, mas naturalmente continuamos a acompanhar de perto o evoluir da situação", disse Luís Montenegro, à entrada para uma reunião do Conselho Europeu, em Bruxelas, capital da Bélgica e onde estão localizadas as principais instituições europeias.
O primeiro-ministro acrescentou que o Governo está a "fazer o levantamento" dos estragos registados, de modo a ajudar à "reposição da normalidade".
"Faremos aquilo que sempre temos feito nestas ocasiões, que é ser rápido e ir ao terreno em colaboração estreita com as autarquias locais, fazer o levantamento dos estragos e proceder de imediato à ajuda das populações e das entidades afetadas", completou.
Lusa
Seis feridos após “noite difícil” em Lisboa
O presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas, revelou há pouco que a tempestade Martinho deixou seis feridos na cidade.
O autarca referiu-se a uma “noite muito difícil”, com ventos com grande “violência”, e admitiu que ainda vai levar alguns dias até que tudo volte à normalidade.
“Estamos a falar de ventos de 120 km/h”, disse Carlos Moedas, comentando que os funcionários que trabalham na cidade “há muitos anos que não viam isto na cidade”.
O autarca pediu à população que reporte situações em que seja necessária a intervenção dos serviços camarários.que, segundo defendeu, estão a atuar com rapidez.
Segundo Carlos Moedas, os seis feridos - polícias, bombeiros e civis - não motivam preocupação.
A depressão Martinho causou em Lisboa pelo menos 638 ocorrências até às 10:00, sobretudo quedas de árvores.
Vento forte provoca dezenas de milhares de euros de prejuízo em estádio de Oliveira do Hospital
O vento intenso na noite de quarta-feira causou dezenas de milhares de euros em estragos no Estádio de Santo António, da Associação Desportiva Nogueirense, no concelho de Oliveira do Hospital, informou hoje o presidente da organização.
Em declarações à Lusa, o presidente da Associação Desportiva Nogueirense (ADN), Márcio Henriques, explicou que as fortes rajadas que se fizeram sentir por volta das 20:30 de quarta-feira fizeram "levantar completamente a cobertura central da bancada" do Estádio de Santo António.
"Partiu tudo o que era estrutura. E, dentro do estádio, do próprio complexo, também temos uma série de danos. Ainda não temos a noção do valor real do prejuízo, mas serão dezenas de milhares de euros", lamentou.
De acordo com Márcio Henriques, no momento que a cobertura central da bancada levantou decorria o treino da equipa sénior de futebol.
"Tinha começado há cerca de vinte minutos quando tudo aconteceu. Felizmente, ninguém se magoou", acrescentou.
Para além da cobertura, o vento danificou também vedações, bancos de apoio, túnel de acesso aos balneários, entre outras infraestruturas.
"Agora vamos tentar, junto das entidades competentes, ver o que é que é possível fazer para recuperar o edifício e as infraestruturas, porque tudo o que está danificado é sucata. É tudo para lixo", afirmou.
Segundo o presidente da Associação Desportiva Nogueirense, caso não recebam ajuda das autoridades competentes, "não será possível recuperar desta tragédia".
"Se não acontecer, a única situação possível é encerrar a atividade do clube. Não temos outra forma de contornar esta catástrofe", concluiu.
Lusa
Quedas de árvores e de painéis de publicidade. Alguns dos efeitos na Póvoa de Santa Iria, no concelho de Vila Franca de Xira
Na Póvoa de Santa Iria, no Concelho de Vila Franca de Xira, o mau tempo também se fez sentir com intensidade. Quedas de árvores e de painéis de publicidade entre algumas das ocorrências.
Quatro escolas fechadas no concelho de Pombal por falta de eletricidade
Quatro escolas estão hoje fechadas no concelho de Pombal, distrito de Leiria, devido à falta de eletricidade na sequência do mau tempo, disse à agência Lusa a vereadora da Câmara Catarina Silva.
Segundo Catarina Silva, estão fechados os centros escolares de Meirinhas, Mata Mourisca e Guia, sendo que a escola sede do agrupamento da Guia também está encerrada.
Retomada circulação ferroviária nas linhas do Douro e Vouga
A circulação de comboios foi retomada nas linhas do Douro e do Vouga, depois de ter estado suspensa devido ao mau tempo, informou a Infraestruturas de Portugal, acrescentando mais linhas ferroviárias à lista das afetadas.
Num ponto de situação que reporta a informação recolhida pelas 08:30, a Infraestruturas de Portugal (IP) indica que se mantinha suspensa a circulação ferroviária na Linha de Cascais, na Linha da Beira Alta, entre Guarda e Celorico da Beira, e na Linha do Sul, entre Pinheiro e Vale do Guizo.
Segundo a informação publicada pela empresa nas redes sociais, também a Linha do Alentejo, entre Barreiro e Pinhal Novo, e o Ramal de Tomar, entre Lamarosa e tomar, continuavam com a circulação suspensa.
Com constrangimentos mantinha-se a Linha do Norte, entre Bobadela e Alverca, uma zona de quatro vias onde os comboios apenas circulam em duas.
Na Linha do Douro, depois de a circulação ter estado suspensa, a IP informou que os comboios voltaram a circular pelas 06:32, entre Ermida e Marco de Canaveses, depois de resolvida a queda de árvore provocada pelas condições climatéricas durante a noite.
Lusa
Muro da Tapada das Necessidades ruiu
Quatro carros ficaram, esta quinta-feira, destruídos na sequência da queda de uma árvore e de um muro pertencente à Tapada das Necessidades, em Lisboa, devido à chuva e ao vento forte provocados pela depressão Martinho. O incidente ocorreu na Rua do Borja, freguesia da Estrela, perto das 01:00 desta quinta-feira, e afetou, além de quatro viaturas, uma habitação devoluta,
Danos no Estádio do Rio Ave
A única bancada do estádio do Rio Ave, em Vila do Conde, sofreu danos na sequência do mau tempo da última noite.
Mais de 82 mil clientes com constrangimentos na rede elétrica
A rede elétrica de 82 mil clientes da E-Redes estava às 07h30 com grandes constrangimentos, sendo os distritos de Leiria, Coimbra e Viana do Castelo os mais afetados, informou a empresa do grupo EDP.
A empresa diz ter ativado na quarta-feira o seu Plano Operacional de Atuação em Crise, estando todo o dispositivo operacional dedicado ao estado de alerta em vigor. Estão mobilizados no terreno 800 operacionais.
Ventos fortes causam danos no aeródromo de Cascais
A tempestade Martinho derrubou várias árvores em Cascais, obrigando ao encerramento de algumas artérias e à suspensão da circulação de comboios na linha de Cascais. Também no aeródromo local sofreu danos provados pelos ventos fortes.
As imagens dos efeitos do mau tempo na zona de São Domingos de Benfica, em Lisboa
Registadas 4.214 ocorrências entre as 00h00 e as 07h00
Mais de 4.000 ocorrências relacionadas com o mau tempo foram registadas em Portugal continental entre as 00:00 e as 07:00, a maioria quedas de árvores e estruturas, segundo a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC).
Portugal está sob efeito da depressão Martinho, que obrigou a avisos quanto ao vento, chuva e agitação marítima fortes.
"Temos o registo acumulado desde as 00:00 de dia 19 [quarta-feira] até às 07:00 de dia 20 [hoje] de 4.214 ocorrências das quais 2.314 quedas de árvores, 1.169 quedas de estruturas, 643 limpezas de via, 45 movimentos massa e 38 inundações", disse à agência Lusa José Miranda, da ANEPC.
Segundo José Miranda, as regiões mais afetadas foram a Sub-Região da Grande Lisboa com 1.452 ocorrências, a Península de Setúbal com 456 e a Sub-Região do Oeste com 329
José Miranda indicou também que foram mobilizados 14.560 operacionais, com o apoio de 4.901 meios terrestres.
Ponte 25 de Abril e Ponte Vasco da Gama com velocidades limitadas
De acordo com a ANEPC, a Ponte 25 de Abril e a Ponte Vasco da Gama estão com velocidades limitadas.
A Ponte 25 de Abril está com velocidade máxima de 60 quilómetros por hora e a Vasco da Gama 80. "Estamos a desaconselhar a circulação naquelas pontes de veículos pesados com lona e motociclos", adiantou à agência Lusa José Miranda, da ANEPC.
Veja aqui os constrangimentos na circulação de comboios em todo o país
Circulação retomada no comboio da Ponte 25 de Abril entre Coina e Roma-Areeiro
A circulação do comboio da Ponte 25 da Abril, que estave suspensa entre a estação de Coina e Roma-Areeiro, foi retomada pelas 07:25, mas com "atrasos significativos, informou a Fertagus.
Numa informação disponibilizada nas redes sociais, a empresa responsável pela travessia ferroviária do Tejo diz que a circulação estava suspensa devido às condições climatéricas e a problemas com uma catenária e, às 06:00, apenas estava a ser feita entre as estações de Coina e Setúbal, mas com constrangimentos.
Durante a madrugada, o comboio com partida de Roma Areeiro, às 01:23, fico retido em Campolide devido aos ventos superiores a 90 quilómetros por hora, tendo a circulação sido retomada pelas 03:00.
Pelas 05:10, a Fertagus informou que, devido às condições climatéricas adversas que causaram "problemas na infraestrutura", a circulação nos primeiros horários da manhã seria realizada em via única entre o Fogueteiro e o Pragal.
Pelas 06:40, a empresa informou que a circulação estava suspensa entre as estações de Coina e Roma-Areeiro, nos dois sentidos, devido a problemas numa catenária, tendo sido retomada pelas 07:25.
O comboio da Fertagus, que liga os distritos de Lisboa e Setúbal, serve atualmente 14 estações numa extensão de linha com cerca de 54 quilómetros e começa a operar diariamente às 05:35.
Dez estações situam-se na margem sul do Tejo - Setúbal, Palmela, Venda do Alcaide, Pinhal Novo, Penalva, Coina, Fogueteiro, Foros de Amora, Corroios e Pragal - e quatro na margem norte - Campolide, Sete Rios, Entrecampos e Roma-Areeiro.
Portugal continental está sob avisos devido ao vento forte, chuva e ondulação causados pela depressão Martinho.
Lusa
Várias estradas com interrupções na Grande Lisboa
Também por causa de quedas de árvores e postes de eletricidade, estão interrompidas várias estradas na Grande Lisboa.
"Temos um conjunto de estradas municipais e nacionais com interrupções. Temos a Marginal na zona do Alto da Boa Viagem e Santo Amaro de Oeiras. A Marginal entre Cascais e Carcavelos, a Estrada Nacional (EN) 247 na zona da Azoia, no concelho de Sintra, a EN 117 em Belas, a EN250 na zona da Venda Seca, a EN8 em Mafra, no Picão, a EN8 na Ponte de Lousa, em Loures, a EN116 entre Bucelas e Alverca, a EN115 entre Loures e Santo Antão do Tojal, na EN10 na Póvoa de Santa Iria, a 248 no Bom Retiro e EN10 no cruzamento do Sobralinho no distrito de Vila Franca de Xira", adiantou.
De acordo com o Comando Sub-Regional da Grande Lisboa estas eram às 07:00 algumas das situações mais significativas.
"Vamos ter um trabalho demorado nas próximas horas para resolver estas situações, sendo que muitas serão identificadas com o clarear do dia", disse.
Circulação suspensa na linha de Cascais
A linha ferroviária de Cascais está suspensa devido aos efeitos do mau tempo, segundo o Comando Sub-Regional da Grande Lisboa.
"A Linha ferroviária de Cascais encontra-se interrompida entre Caxias e Paço de Arcos devido à queda de uma árvore que danificou a catenária que caiu em cima do comboio, causando ferimentos ligeiros no maquinista", disse.
De acordo com a mesma fonte, a circulação ferroviária vai continuar interrompida até estar resolvido o problema com a catenária.
Lusa
Treze desalojados em habitação danificada na Lourinhã
Treze pessoas ficaram desalojadas na sequência de danos provocados pelos ventos fortes na habitação em que residem em Miragaia, concelho da Lourinhã, disse hoje fonte do Sub-Comando de Emergência e Proteção Civil do Oeste.
Pelas 02:00, os ventos fortes "provocaram danos na habitação, o telhado foi arrancado e 13 pessoas ficaram desalojadas, tendo sido realojadas pela Proteção Civil na Pousada da Juventude da Praia da Areia Branca, disse a mesma fonte à agência Lusa.
No local, estiveram oito operacionais e cinco veículos dos bombeiros, câmara municipal e GNR.
Lusa
Circulação de comboios na Ponte 25 da Abril está suspensa entre a estação de Coina e Roma-Areeiro
A circulação do comboio da Ponte 25 da Abril está suspensa entre a estação de Coina e Roma-Areeiro, nos dois sentidos, devido aos efeitos das condições meteorológicas numa catenária, avançou a Fertagus.
Às 06:00, a circulação estava apenas a ser feita entre as estações de Coina e Setúbal, mas com constrangimentos, segundo disse fonte da empresa à agência Lusa.
A resolução do problema poderá demorar algumas horas, indicou.
A Proteção Civil registou 994 ocorrências relacionadas com o mau tempo até às 00:00 de quarta-feira em Portugal continental, destacando-se as quedas de árvores e de estruturas, maioritariamente na região da Grande Lisboa.
Fonte da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) explicou à agência Lusa que as áreas mais afetadas foram a região da Grande Lisboa, onde se registaram 294 ocorrências, seguida das regiões de Leiria e Coimbra, que somaram 104 ocorrências cada. A zona oeste do país também é uma das mais afetadas, com um total de 102 ocorrências, afetando sobretudo os concelhos de Torres Vedras, Sobral de Monte Agraço, Cadaval e Lourinhã.
Segundo a mesma fonte, do total de ocorrências, mais de metade (55%) correspondem a quedas de árvore, 544, registando-se também 354 quedas de estruturas e 68 intervenções de limpeza de vias.
A estrutura da cobertura do Estádio de Santo António, da Associação Desportiva Nogueirense (ADN), em Nogueira do Cravo, no concelho de Oliveira do Hospital, distrito de Coimbra, foi derrubada na quarta-feira à noite, devido ao vento forte.
Fonte da Proteção Civil referiu à Lusa que o incidente não causou feridos, mas a estrutura atingiu viaturas que estavam nas imediações.
Na quarta-feira à tarde, uma pessoa ficou ferida com gravidade depois de ter sido atingida por uma árvore no concelho de Sintra, distrito de Lisboa.
Quase 20 barras marítimas encerradas à navegação
A forte ondulação obrigou ao fecho de 18 barras marítimas, a maioria no norte e sul de Portugal continental, segundo o 'site' da Marinha.
Estão fechadas as barras de Caminha, Douro, Esposende, Vila Praia de Âncora, Póvoa do Varzim, Vila do Conde, Portinho da Ericeira, Peniche, São Martinho do Porto.
Na região sul, estão fechadas as barras de Albufeira, Alvor, Vila real de Santo António, Faro, Lagos, Olhão, Quarteira, Tavira e Vila Moura.
Estão abertas 25 barras e quatro estão condicionadas.
Os distritos de Braga, Viana do Castelo e Porto estão sob alerta laranja até às 09:00, enquanto o aviso para Coimbra, Aveiro, Castelo Branco, Viseu, Guarda, Leiria, Lisboa, Santarém, Setúbal e Vila Real. Em Beja e Faro o aviso é até às 03:00, referiu o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), em comunicado.
O alerta laranja devido à chuva forte está em vigor até às 03:00 em Faro, Setúbal, Lisboa, Leiria e Beja.
Também está em vigor, até às 09:00, alerta laranja devido à agitação marítima, nos distritos de Braga, Coimbra, Aveiro, Leiria, Viana do Castelo e Porto. Em Beja, Lisboa, Setúbal e Faro o alerta vigora até às 03:00.
Lusa