Manifestação ilegal. PSP vai comunicar ao Ministério Público protesto dos bombeiros sapadores
A Polícia de Segurança Pública (PSP) vai elaborar um Auto de Notícia sobre a “manifestação não legalmente comunicada” dos bombeiros sapadores e remetê-lo ao Ministério Público (MP), “com a identificação dos diversos organizadores e participantes”, indica um comunicado enviado Comando Metropolitano de Lisboa (COMETLIS) às redações.
O COMETLIS adianta que a “PSP só teve conhecimento desta manifestação através das redes sociais, tendo, com base nessa informação, estabelecido um dispositivo policial, no sentido de garantir a segurança e ordem pública”.
A PSP refere que a manifestação, que se iniciou às 8:45, foi composta “em maioria, alegadamente” por bombeiros pertencentes ao Regimento de Sapadores de Bombeiros de Lisboa e que “não foi comunicada à Autoridade Administrativa competente, conforme previsto na lei”.
O COMETLIS refere que polícias foram acompanhando os manifestantes, que se deslocaram em cortejo por diversas artérias de Lisboa, e que face “às intenções demonstradas de se dirigirem para o Campus XXI, optou por fazer cortes de trânsito de forma a garantir a segurança de pessoas e bens, tendo decidido, igualmente, montar um primeiro perímetro de dissuasão e um segundo perímetro de contenção, mais próximo do Campus XXI”.
A PSP dá conta de que o “cortejo forçou o perímetro de dissuasão, dirigindo-se, em corrida, pela Avenida João XXI, até junto do edifício”.
“O perímetro de contenção, já montado no local, constituído pelo Corpo de Intervenção e por Equipas de Intervenção Rápida, garantiu a segurança do edifício, tendo assegurado o normal funcionamento daquele órgão de soberania e da sede da Caixa Geral de Depósitos, até ao final do protesto”, indica a nota.
A PSP “considera inadequados este tipo de protestos que vão contra as disposições legais em vigor, facto agravado pela utilização, por parte dos manifestantes, de artigos de pirotecnia (factos que serão devidamente identificados no Auto de Notícia a remeter ao MP) que colocaram em risco a integridade física dos polícias (que se encontram no local para proteger pessoas e bens), dos jornalistas que se encontram a desempenhar a sua missão de prestação de informação e demais cidadãos surpreendidos, na via pública, por esta ação”.