Casos voltam a estar acima de mil em dia com oito mortes
Foram confirmados, em 24 horas, 1 182 novos casos de covid-19 em Portugal, indica o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS). Há ainda a registar mais oito mortes associadas à infeção pelo novo coronavírus, segundo o relatório desta terça-feira (9 de novembro).
Há agora 361 pessoas internadas, menos 1 que ontem, das quais 60 estão em unidades de cuidados intensivos (menos duas que no dia anterior).
De salientar que o maior número de infetados estão na região de Lisboa e Vale do Tejo, com 424 393 infetados, mais 410 que no dia anterior. Contudo, foi na zona norte que aconteceram mais óbitos nas última 24 horas: cinco (num total nacional de oito).
Segundo dados de ontem, segunda-feira, dia 8 de novembro, os números de novos casos de covid-19 aumentam gradualmente e para níveis considerados preocupantes. Doentes em unidades de cuidados intensivos mantêm-se nas seis dezenas e a incidência e o R(t) estão próximos do vermelho na matriz de risco.
Ao dia de hoje, o país contabiliza 33 743 casos ativos da doença, refere ainda a DGS no dia em que especialistas da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa admitem que Portugal pode estar a entrar na 5.ª vaga de covid-19. Defendem o reforço da vacina em grupos etários onde os novos casos têm aumentado, mesmo que tenham baixo risco de doença grave.
Num artigo publicado no site da faculdade, Manuel Carmo Gomes e Carlos Antunes consideram que "os recentes dados do início de novembro sugerem um ressurgimento apreciável da infeção, sendo provável que estejamos a assistir ao início da 5.ª vaga".
Os especialistas lembram que, nas últimas semanas, as idades onde o risco de infeção tem sido mais elevado se situam entre os 18 e os 25 anos, seguidos das crianças com menos de 10 anos e dos jovens adultos entre 25 e 40 anos de idade.
Indicam ainda que se o índice de transmissibilidade (Rt) se mantiver acima de 1,1, o número de novos casos pode chegar aos 2000 diários na primeira quinzena de dezembro."
Também esta terça-feira, ficou a saber-se que a pandemia de covid-19 causou cerca de 2,5 milhões de mortes em excesso em 30 países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento (OCDE), segundo o recente relatório "Visão Geral da Saúde".
A edição de 2021 do relatório da OCDE dá um enfoque especial ao impacto da covid-19, tanto na saúde das pessoas como nos serviços, realçando que em apenas nove países mais de 70% da população está totalmente vacinada contra a doença respiratória causada pelo novo coronavírus SARS-CoV-2.
Segundo o relatório, a covid-19 contribuiu, direta e indiretamente, para um aumento de 16% no número de mortes expectáveis em 2020 e na primeira metade de 2021, com a esperança de vida a cair em 24 de 30 países, sendo as quedas particularmente significativas nos Estados Unidos (menos 1,6 anos) e em Espanha (menos 1,5 anos).
A maioria das mortes por covid-19 ocorreu em pessoas com 60 ou mais anos, faixa etária mais vulnerável à doença, tendo a pandemia intensificado as desigualdades sociais, com os mais pobres, os imigrantes e as minorias étnicas em "maior risco de infeção e morte".