Portugal é o país da UE com menos mortes diárias por milhão de habitantes
Registaram-se 180 novos casos de covid-19 em Portugal nas últimas 24 horas, indica a Direção-Geral da Saúde (DGS). O boletim epidemiológico desta segunda-feira (3 de maio) refere também que ninguém morreu devido à infeção por SARS-CoV-2 neste período de tempo.
Desde o início da pandemia, este é o quarto dia em que o país não tem registo de mortes associadas à doença. O primeiro ocorreu a 3 de agosto de 2020, o segundo a 26 de abril e o terceiro a 30 de abril.
Portugal é atualmente o país da União Europeia com menos mortes diárias atribuídas à covid-19 nos últimos sete dias por milhão de habitantes e o segundo com menos casos, segundo o site'estatístico Our World in Data.
A DGS refere, no entanto, que há mais 11 pessoas internadas, elevando para 322 o número de pessoas hospitalizadas. Há 90 doentes nas unidades de cuidados intensivos (mais cinco face ao dia de ontem).
O relatório diário da DGS atualiza também o índice de transmissibilidade, verificando-se então uma descida no R(t), que passa de 0,98 para 0,96 a nível nacional e no território continental.
A tendência de descida também se verifica na incidência da infeção a 14 dias, registando-se agora 64,4 casos de covid-19 por 100 mil habitantes em todo o território e 62,0 infeções por 100 mil habitantes no continente.
Estes são os dois indicadores na matriz de risco, que servem de base ao Governo na gestão das diferentes fases do plano de desconfinamento.
Por regiões, os dados da DGS mostram que o Norte continua a registar o maior número de novas infeções (86), seguido por Lisboa e Vale do Tejo que reportou 50 novos casos.
Confirmaram-se ainda mais 11 casos na região Centro, seis no Algarve, 12 nos Açores e 15 na Madeira.
O Alentejo é a única região do país que, em 24 horas, não apresenta novos diagnósticos de covid-19.
No total, desde o início da pandemia (em março de 2020), Portugal confirmou 837 457 infeções por SARS-CoV-2, 16 977 óbitos e 797 124 casos de pessoas recuperadas, das quais 403 reportadas nas últimas 24 horas.
Perante estes dados, há, atualmente, 23 356 casos ativos da doença em Portugal (menos 223 em comparação com os dados de domingo).
A autoridade da saúde indica ainda que há mais 90 contactos em vigilância pelas autoridades de saúde, no total são 23 999.
Portugal é atualmente o país da União Europeia com menos mortes diárias atribuídas à covid-19 nos últimos sete dias por milhão de habitantes e o segundo com menos casos, segundo o 'site' estatístico Our World in Data.
Com uma média de 39,72 novos casos diários por milhão de habitantes nos últimos sete dias, Portugal só está atrás da Finlândia, que apresenta uma média de 36,72 para o mesmo indicador.
No que toca à média de mortes com covid-19 por milhão de habitantes nos últimos sete dias, Portugal tem a média móvel mais baixa, com 0,17 óbitos.
No resto da União Europeia (UE), Chipre é o país com maior média de novos casos diários (656,14 por milhão de habitantes), seguido da Suécia (498,78), Lituânia (439,91), Croácia (436,62) e Países Baixos (400,68).
Uma atualização dos dados da pandemia em Portugal no dia em que a Comissão Europeia recomendou um alívio nas restrições nas viagens não essenciais com destino aos países da União Europeia a todos aqueles que já foram vacinados com as doses da vacina contra a covid-19 e a pessoas provenientes de países onde a situação epidemiológica é favorável.
"A Comissão propõe permitir a entrada na UE, por razões não essenciais, não apenas para todas as pessoas provenientes de países com uma boa situação epidemiológica, mas também para todas as pessoas que receberam a última dose recomendada de uma vacina autorizada pela UE", lê-se num comunicado do executivo comunitário, liderado por Ursula von der Leyen, divulgado esta segunda-feira.
"Além disso, a Comissão propõe aumentar o limite relacionado com o número de novos casos usados para determinar a lista de países a partir dos quais todas as viagens devem ser permitidas. Isto deverá permitir aumentar esta lista", diz ainda a Comissão Europeia.
Embora queira aliviar as restrições nas viagens, Bruxelas avisa que é preciso manter as cautelas e atenção redobrada devido às variantes do SARS-CoV-2, vírus responsável pela pandemia de covid-19.
Nesse sentido, para evitar a propagação de novas variantes, a Comissão estabelece um mecanismo de "travão de emergência" para que seja aplicada, de forma urgente e temporária, restrições nas viagens caso haja um agravamento repentino na situação epidemiológica nos países.
A recomendação para aliviar as restrições nas viagens não essenciais com destino aos países da UE vai começar a ser debatida esta terça-feira pelos 27 Estados-membros.
Desta forma, Bruxelas pretende recuperar a economia, nomeadamente a indústria da aviação e o turismo. Aliás, a redução do transporte aéreo, face ao impacto da pandemia de covid-19, levou a União Europeia a perder cerca de sete milhões de postos de trabalho diretos e indiretos, divulgou esta segunda-feira a Autoridade Nacional da aviação Civil (ANAC).
"Na Europa, o impacto social da redução do transporte aéreo foi particularmente difícil, levando à perda de cerca de sete milhões de postos de trabalho diretos e indiretos", afirmou o presidente da ANAC, Luís Miguel Ribeiro, citado pela Lusa. O responsável falava no 'Aviation Day', uma iniciativa organizada no âmbito da presidência portuguesa do Conselho da União Europeia.
Também neste início de semana, o programa de vacinação global da Covax fez saber que assinou um acordo de compra antecipada de 500 milhões de doses da vacina da Moderna contra a covid-19. O anúncio foi feito esta segunda-feira pela Aliança Gavi, iniciativa da Fundação Bill e Melinda Gates.
"Estamos muito satisfeitos por assinar este novo acordo com a Moderna, dando aos participantes da Covax acesso a outra vacina altamente eficaz", disse Seth Berkley, o chefe-executivo da aliança de vacinas Gavi, em comunicado.
O sistema Covax, criado pela OMS e parceiros, visa para distribuir vacinas contra a covid-19 às nações desfavorecidas.
O acordo anunciado surge dias após a Organização Mundial de Saúde, com semanas de atraso, anunciar a aprovação de emergência da vacina contra a covid-19 da Moderna, a quinta a beneficiar dessa validação da agência de saúde da ONU.