Internamentos voltam a subir, em dia com maior número de casos em quase três meses

Portugal registou mais 14 mortes e 2560 infeções por covid-19. Estão agora internadas 649 pessoas, segundo os dados da Direção-Geral da Saúde.
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Foram registadas, em 24 horas, mais 14 mortes e 2560 novos casos de covid-19 em Portugal, segundo o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS), no dia em que o primeiro-ministro, António Costa, começou a ouvir os partidos com representação parlamentar antes de o Governo anunciar novas medidas de combate à pandemia.

O número de novos casos apresentado esta terça-feira é o mais alto em quase três meses (desde 25 de agosto).

No que se refere à situação nos hospitais, o relatório da DGS desta terça-feira (23 de novembro) dá conta de 649 pessoas internadas, mais 21 do que ontem, das quais 93 estão em unidades de cuidados intensivos (o mesmo número da véspera). É o 17.º dia consecutivo com subida de internamentos.

Ao dia de hoje, Portugal soma 45770 casos ativos da doença, indica ainda a autoridade nacional de Saúde, um aumento de 11 casos em relação ao dia anterior. Em relação ao boletim de terça-feira passada verificamos hoje mais 7.498 as pessoas com infeção ativa em Portugal.

A região com mais novos casos foi Lisboa e Vale do Tejo, com 831, seguindo-se a Região Norte, com 780, e Região Centro, com 568. No Algarve registaram-se 183 novas infeções, enquanto no Alentejo foram reportadas mais 93.

Em relação aos óbitos, Lisboa e Vale do Tejo e a Região Centro registaram quatro cada, com duas mortes por covid-19 na Região Norte e na Madeira, uma no Alentejo e outra no Algarve.

"Ficámos com a ideia de que o Governo poderá vir a exigir, em alguns espaços, por exemplo discotecas, ou bares, ou grandes eventos com grande presença massiva de pessoas, por exemplo eventos desportivos, dois instrumentos de controlo cumulativos: uso de certificados e o teste obrigatório até 48 horas antes", disse André Ventura.

Segundo o líder do Chega, o executivo não irá impor a mesma medida para a restauração, sendo que, nesse caso, será apenas exigido o certificado "independentemente do dia e da hora".

Sobre a utilização da máscara, André Ventura disse que, segundo a sua perceção, o Governo "não está inclinado" para "impor o uso obrigatório na rua, a toda a hora".

Já a Iniciativa Liberal saudou o facto de o Governo não pretender voltar a confinar as atividades económicas devido à pandemia com restrições como impôs no passado, divergindo sobre a possível exigência de certificados ou testes sem decisão dos promotores.

"Fiquei agradado com o facto de não haver da parte do Governo a intenção de voltar a confinar as atividades económicas e proceder a restrições idênticas às que já tivemos no passado", disse o presidente da Iniciativa Liberal, João Cotrim Figueiredo. Para os liberais, "outro ponto positivo foi o facto de, pela primeira vez, aquilo que o Governo que tem designado por autoavaliação de risco ter um papel bastante mais importante do que teve no passado".

"As divergências tiveram a ver com o facto de o Governo continuar a achar que é uma possibilidade exigir certificados ou testes para determinadas atividades sem que isso seja decidido pelos próprios promotores dessas atividades, mas sim imposto centralmente", criticou.

Antes de começar com as audições, António ​​​Costa não quis antecipar medidas de combate à pandemia, referindo que "hoje é dia de ir ouvir os partidos", o que vai continuar a fazer amanhã. "Quinta-feira falarei", disse o primeiro-ministro aos jornalistas.

Costa está hoje e quarta-feira a ouvir os partidos com representação parlamentar sobre a situação epidemiológica em Portugal, num momento em que o país regista um crescimento das taxas de incidência e de transmissão, R(t), da covid-19, antes de o Governo aprovar medidas contra a covid-19, o que poderá acontecer no Conselho de Ministros de quinta-feira..

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