Rt sobe para 0,91, risco ainda no verde. Taxa de incidência baixa
Nas últimas 24 horas foram registados mais 575 casos e 11 óbitos. Há agora 712 pessoas hospitalizadas com covid-19, segundo o boletim epidemiológico da DGS.
O boletim epidemiológico indica que Portugal, nas últimas 24 horas, registou mais 575 casos de covid-19. O relatório diário da Direção-Geral da Saúde (DGS) desta quarta-feira (24 de março) dá também conta que foram reportados mais 11 mortes.
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Números que representam uma subida de 141 casos e um óbito face aos dados de ontem. No que se refere aos contágios, este é o valor mais alto desde a passada quarta-feira (quando se registaram 673 contágios), mas é também a quarta-feira com menos casos desde a já longínqua data de 2 de setembro.
Há agora 712 doentes internados com a doença provocada pela infeção pelo SARS-CoV-2, menos 31 que no dia anterior. Já nos cuidados intensivos estão 155 pacientes, um decréscimo de quatro, de acordo com os dados atualizados pela DGS.
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No caso das hospitalizações, este é o número mais baixo desde 5 de outubro. Já no que se refere aos cuidados intensivos, os valores desta quarta-feira igualam os números registados a 18 de outubro. É o 40º dia consecutivo com o número de internamentos em UCI em queda.
Nesta altura há 32 144 casos ativos de covid-19 em Portugal, menos 188 que no dia anterior. Recuperaram da doença 752 pessoas.
A região de Lisboa e Vale do Tejo contou, nas últimas 24 horas, 262 contágios - 45,6%, quase metade do total do país - e seis óbitos, mais de metade do total. Na região norte foram contabilizados 142 novos casos e uma morte, enquanto na região centro se registaram 68 casos e quatro óbitos.
No Algarve há a registar 53 novos casos (quase o dobro do dia de ontem), sem notícia de mortes. No Alentejo houve seis contágios.
Quanto às regiões autónomas os Açores têm cinco novos casos e a Madeira 39.
Em termos globais Portugal conta, desde o início da pandemia, 818 787 casos confirmados de covid-19, de que resultaram 16 805 óbitos. Um total de 769 838 pessoas recuperaram da doença.
Rt sobe ligeiramente, incidência cai
De acordo com os dados da DGS, Portugal tem agora um Rt (índice de transmissibilidade) de 0,91, uma subida face aos últimos dados, que colocavam o Rt nos 0,89 no país (0,88 se considerado apenas o continente). Um ligeiro aumento, que não retira o país da zona verde de risco.
Em sentido contrário, a incidência desceu e está agora nos 77,6 casos de infeção por 100 000 habitantes, considerado todo o território nacional, regiões autónomas incluídas. Considerando apenas o continente a incidência é de 67,7 casos de infeção por 100 000 habitantes.
Valores abaixo dos reportados na segunda-feira (data da última atualização destes valores), quando o boletim da DGS registava 81,3 casos de infeção por 100 000 habitantes na totalidade do território. Contando apenas o continente, a incidência estava nos 70,3.
Recorde-se que estes são os dois indicadores que vão determinar se o ritmo do desconfinamento se mantém como estabelecido. Para isso é preciso que o Rt se mantenha abaixo de um, em conjugação
A incidência da variante do Reino Unido no nosso país continua a aumentar e já corresponde a 70% dos casos positivos e deve chegar aos 90%. Ao DN, três especialistas dizem que enquanto houver vírus a circular há sempre uma ameaça, mas o importante é estar preparado para controlar a doença.
Apesar da tendência de diminuição registada em vários indicadores da pandemia em Portugal, a situação é diferente em vários países europeus, que têm enfrentado um aumento de novas infecções, como acontece em França.
"Situação dramática" no Brasil. Senado pede ajuda internacional
Também o Brasil enfrenta um agravamento da situação epidemiológica, com o que se está a viver no país a ser descrito como uma "situação dramática". Pela primeira vez, foram reportados num dia mais de três mil mortes por covid-19. Perante esta realidade, o Senado brasileiro pede ajuda internacional e alerta que o país pode ser "um risco real para o mundo".
Foi aprovada uma moção a pedir ajuda à comunidade internacional para avançar na vacinação contra a covid-19. A petição será dirigida à ONU, à OMS e à OCDE, assim como ao G20 [fórum internacional que integra Governos e governadores dos bancos centrais de 19 países e a UE], aos parlamentos dos EUA, do Reino Unido e da China e aos laboratórios produtores de vacinas.
O documento destaca que esse pedido "ocorre num momento em que a sombra nefasta da morte paira sobre milhões de brasileiros e quando novas formas do vírus da covid-19" estão a converter-se "numa ameaça global".
Festival CoolJazz volta a ser adiado
Foi, aliás, "devido à situação mundial causada pela pandemia da covid-19" que a 17.ª edição do festival CoolJazz, inicialmente prevista para julho de 2020, em Cascais, voltou a ser adiada mais um ano, para julho de 2022,, anunciou hoje a organização.
"O festival EDP CoolJazz está adiado para 2022. Devido à situação mundial causada pela pandemia da covid-19 e consequentes incertezas de saúde pública, o evento marca assim nova data para julho de 2022", novamente em Cascais, anunciou esta quarta-feira a promotora Live Experiences.
O cartaz do CoolJazz para este ano incluía, entre outros, John Legend, Lionel Richie, Neneh Cherie e Kokoroko, Jorge Ben Jor e Herbie Hancock.
"Por todo o respeito que temos por público, artistas, técnicos, todos os envolvidos e, claro está, pela saúde pública, é desta forma que nos vemos obrigados a adiar para 2022. Este festival tem anos de história, tem muita credibilidade junto dos artistas, junto do público, dos agentes, da opinião pública e não queremos oferecer nada mais do que o melhor, e, em 2021, não estão reunidas as condições. Vemo-nos com muita vontade em 2022", afirmou a promotora e diretora da Live Experiences, Karla Campo, citada no comunicado.
A nível mundial, a pandemia provocada pelo novo coronavírus já infetou 124 167 620 pessoas e fez pelo menos 2 735 411 mortos, desde que foi notificado o primeiro caso na China, segundo o balanço diário da AFP.
Pandemia responsável por 928 153 mortes na Europa
Os EUA continuam a ser o país mais afetado, tanto em número de mortes como de infeções, com um total de 543 849 mortes e 29 923 094 casos, segundo os dados da universidade Johns Hopkins. Depois dos Estados Unidos, os países mais afetados são o Brasil com 298 676 mortes e 12 130 019 casos, o México com 199 048 mortes e 2 203 041 casos, a Índia com 160 441 mortes e 11 734 058 casos e o Reino Unido com 126 284 mortos e 4 307 304 casos.
Em termos de regiões do mundo, a Europa totalizou 928 153 mortes para 41 865 111 casos. Segue-se América Latina e Caribe com 750 351 mortes e 23 813 265 casos, os Estados Unidos e Canadá com 566 579 mortes e 30 864 115 casos, Ásia com 267 511 mortes e 17 212 349 casos, Médio Oriente com 111 326 mortes e 6 250 679 casos), África com 110 517 mortes e 4 126 929 casos e Oceânia com 974 mortes e 35 179 casos.