Sandra Cavaca (à esq) com a ministra da Saúde, Ana Paula Martins, no dia em qur foi inaugurada a Linha SNS24.
Sandra Cavaca (à esq) com a ministra da Saúde, Ana Paula Martins, no dia em qur foi inaugurada a Linha SNS24.

Linha SNS24 atendeu mais de 3,5 milhões de chamadas em 2024 e mais de meio milhão já em janeiro

Presidente dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS) levou esta tarde os dados registados em 2024 pela LinhaSNS 24, referindo que estes números correspondem à "duplicação da resposta dada em 2023". A dirigente estava a ser ouvida a pedido do PS para esclarecer o “acesso às urgências”.
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No ano de 2024, a Linha SNS24 atendeu 3,25 milhões de chamadas com um tempo médio de espera de dois minutos. No mês de janeiro, já foram mais de meio milhão. Uma resposta que Sandra Cavaca disse na Comissão da Saúde, onde esteve a ser ouvida esta tarde, ter duplicado em relação à resposta de 2023, já que se passou de 472 mil horas de atendimento para mais de 700 mil.

Segundo a presidente do SPMS, tal só foi possível devido ao reforço da equipa e ao facto de se terem assumido “medidas estratégicas e horas de atendimento planeadas de acordo com a procura”, embora, tivesse sublinhado que “em épocas de pressão, como inverno há sempre imprevisibilidade”. Sandra Cavaca referiu ainda que do total de chamadas atendidas, dez por cento dos doentes ficaram em auto cuidados, 247 mil tiveram agendamento de consulta nos cuidados primários, não tendo necessidade de ir a uma urgência hospitalar.

Durante o período de Natal, entre 23 e 27 de dezembro, a Linha SNS24 atendeu mais de 91 mil chamadas, mais 131% do que no ano anterior. Neste período foram feitas mais de 14 mil horas de atendimento, mais 60% do que em 2023.

Sandra Cavaca (à esq) com a ministra da Saúde, Ana Paula Martins, no dia em qur foi inaugurada a Linha SNS24.
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Sobre o tempo médio de espera alcançado em dezembro, Sandra Cavaca diz que este foi de 9 minutos durante este mês, embora em 46% das chamadas o tempo médio de espera para atendimento tenha sido de 5 minutos e 76% das chamadas até 15 minutos.

No período do Ana Novo, foram atendidas 96 mil chamadas, mais 112% do que em relação a 2023 e com um período de espera e com um período médio de espera de 15 minutos.

Sandra Cavaca assumiu ainda perante os deputados que “há situações pontauis e que a SPMS não se revê nestes tempos, mas estamos a trabalhar e a dar o nosso melhor para diminuir estes tempos, aliás foi isso que nos foi pedido pela Direção Executiva, de forma a aumentar a satisfação dos utentes”.


A dirigente do organismo da Saúde, e depois de ter sido confrontada por vários deputados, nomeadamente Sandra Correia do PS, sobre a falta de transparência dos dados e dificuldade em que há em fazer a monitorização diária dos serviços para se apurar se os doentes estão a ser bem encaminhados e acompanhados, disse que “os dados são os que estão no Portal da Transparência, atualizados diariamente e todos os meses. Os dados são públicos e podem ser acompanhados”.

Sobre os encaminhamentos errados detetados e divulgados na altura do Natal, referido pelos deputados do Chega e do Livre, Sandra Cavaca explicou que foi feita feita uma auditoria e que esta revelou ter havido um erro no carregamento dos horários da Unidade Local de Saúde em causa (Torres Vedras), e que tem havido “um esforço da nossa parte para sensibilizar as administrações das ULS para atualizarem os horários no sistema informático, porque é com esses que trabalhamos”. Até porque, quem “é prejudicado é o utente”.

Relativamente ao encaminhamento de grávidas na península de Setúbal, quando as estas da região estão encerradas a ordem é para as transferir ou para a MAC, Santa Maria e São Francisco Xavier, considerando que “a Linha SNS Gravida foi implementada no âmbito do Plano de Emergência e de Transformação da Saúde e que tem facilitado o atendimento destas utentes”.

Desde que está em funcionamento, a LInha SNS Grávida atendeu mais de 95 mil chamadas, sendo que destas 9300 ficaram em auto cuidados e 16 mil foram encaminhadas para os cuidados primários.

A dirigente da SPMS terminou a sua audição considerando que "a Linha SNS24 é hoje um instrumento indispensável para o SNS, no desempenho do seu papel determinante na triagem e encaminhamento do doente”.

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