O secretário de Estado Adjunto e da Saúde afirmou esta quinta-feira que critérios como a vacinação, as variantes e a pressão sobre os hospitais podem ser considerados na avaliação de um novo modelo da matriz de risco de transmissibilidade da covid-19."Temos um grupo de trabalho que vem acompanhando esta matéria, quer nas medidas que possam ajustar a matriz de risco, quer em outros indicadores complementares, também importantes, como a vacinação, o tipo de variantes ou pressão sobre os serviços hospitalares, que podem vir a ser considerados quando se fizeram novas avaliações", disse António Lacerda Sales..O governante, que participou numa visita ao Centro Hospitalar Universitário do Porto, foi também questionado sobre os utentes que não têm respondido às mensagens de agendamento da vacinação e das faltas de comparência nos dias de inoculação, considerando que são "situações pontuais".."Tem havido um grande trabalho, nomeadamente no auto agendamento. Tentamos montar uma 'rede' que possa apanhar toda a gente, mas há situações pontuais em que as coisas não correm tão bem. Temos de recuperar essas pessoas que ficaram para trás", vincou o governante..Destaquedestaque"Temos usado o telefone, cartas, e até temos técnicos das juntas de freguesia e das câmaras municipais e irem à casa das pessoas. Não queremos que ninguém fique sem a vacina".António Lacerda Sales disse que as dificuldades de comunicação nos agendamentos acontecem, sobretudo, em pessoas de maior idade, que não dominam tão bem as tecnologias, mas disse que estão a ser utilizados outros métodos de convocação para a vacinação.."Temos usado o telefone, cartas, e até temos técnicos das juntas de freguesia e das câmaras municipais e irem à casa das pessoas. Não queremos que ninguém fique sem a vacina", afirmou o secretario de Estado..O governante foi ainda confrontado com recentes declarações em que divulgou uma aceleração da vacinação na zona de Lisboa e Vale do Tejo, devido ao aumento de casos nessas áreas, o que causou indignação do presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira.."Já a 20 de maio tinha havido uma comunicação da 'task-force' onde se disse que iríamos acelerar a vacinação nas zonas que estivesse com menor percentagem [de inoculação] que era Lisboa e Vale do Tejo e Algarve. Nessa minha conferência de imprensa, onde o enfoque estava sobre os casos em Lisboa, o que fiz foi reiterar o que teria sido dito anteriormente", explicou António Lacerda Sales..O Secretário de Estado disse que "não houve nenhum erro" na comunicação e considerou que o assunto já teve "um ponto final".."Tenho um enorme respeito por todos os autarcas e pelo trabalho da comunicação social. O plano de vacinação é nacional, solidário e está a decorrer muito bem", reiterou António Lacerda Sales.