João Rendeiro continua detido. Nova audiência a 21 de janeiro
O antigo presidente do Banco Privado Português (BPP) voltou esta segunda-feira ao tribunal de Verulam, na África do Sul. A sessão sobre o processo de extradição do ex-banqueiro para Portugal durou poucos minutos, tendo sido adiada para 21 de janeiro.
"A sessão fica adiada até dia 21 de janeiro" e João Rendeiro "vai permanecer detido", declarou o magistrado Rajesh Parshotam na sessão destinada à discussão do processo de extradição para Portugal
A nova data será um dia depois de terminar o prazo para as autoridades portuguesas formalizarem junto da África do Sul o pedido de extradição de Rendeiro, conforme estipulado na Convenção Europeia de Extradição.
O prazo para submeter a documentação para a formalização do pedido de extradição foi prorrogado para o máximo de 40 dias, expirando assim a 20 de janeiro.
Hoje foi feita apenas uma atualização sobre o processo e o procurador Navin Sewpersat disse que o Estado recebeu entretanto um quarto mandado internacional para prisão de Rendeiro - depois dos três já anunciados em dezembro.
Rendeiro entrou e saiu da sala de audiências sem prestar quaisquer declarações, regressando à prisão de Westville, província de KwaZulu-Natal, onde permanece detido preventivamente há 28 dias.
O antigo banqueiro estava fugido à justiça há cerca de três meses quando foi detido na manhã do dia 11 de dezembro no hotel Forest Manor Boutique Guesthouse, em Durban.
O ex-banqueiro foi condenado em três processos distintos relacionados com o colapso do BPP, tendo o tribunal dado como provado que retirou do banco 13,61 milhões de euros. Das três condenações, apenas uma já transitou em julgado e não admite mais recursos, com João Rendeiro a ter de cumprir uma pena de prisão efetiva de cinco anos e oito meses.
Com Lusa