Infarmed alerta para os riscos dos medicamentos para acidez do estômago

O alerta surge depois de a autoridade nacional do medicamento ter detetado um grande aumento das vendas, que está a tentar avaliar e perceber
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O Infarmed começou hoje uma campanha de alerta para os riscos dos medicamentos para acidez do estômago, usados muitas vezes como remédios para a azia. O alerta, para os profissionais de saúde e para os utentes, surge depois de a autoridade nacional do medicamento ter detetado um grande aumento das vendas, que está a tentar avaliar e perceber.

Nos últimos cinco anos as vendas destes medicamentos, que são de venda livre, sem receita médica, subiram 30%, um aumento para um total de sete milhões de embalagens - números que não estão longe do que acontece noutros países. No entanto, as autoridades temem que os medicamentos estejam a ser mal usados por falta de conhecimentos de muitos doentes - "parte deste crescimento pode estar associado ao uso de situações clínicas desadequadas ou à utilização por um período demasiado longo", nota o Infarmed em comunicado.

À TSF, o presidente do Infarmed, Henrique Luz Rodrigues, disse que a culpa da subida pode ser do marketing e para despistar a suspeita a autoridade do medicamento vai avaliar a publicidade que está a ser feita pelas farmacêuticas.

Os inibidores da bomba de protões, a classe de medicamentos que contem omeprazol, lansoprazol, pantoprazol, rabeprazol, dexlansoprazol e esomeprazol, "não são isentos de riscos, como as interações com outros medicamentos, a ocorrência de erupções cutâneas, podendo ainda mascarar os sintomas de outras doenças", lembra o Infarmed. Assim, o seu uso não deve ser prolongado para além dos 14 dias nos casos agudos, existindo alternativas também de venda livre, como os antiácidos.

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