Incidência de covid acima dos 80 anos é de 114 por 100 mil habitantes

O relatório sobre a evolução epidemiológica da covid-19 em Portugal, divulgado na tarde desta sexta-feira, indica uma tendência crescente na propagação da doença nos idosos, acompanhando assim a tendência de aumento nas populações mais jovens.
Publicado a
Atualizado a

Depois da abertura total da sociedade era expectável um aumento do número de casos, sobretudo nas faixas mais jovens, não vacinadas e nos que mantém uma mobilização e convivência social elevadas. De acordo com o relatório das Linhas Vermelhas, divulgado nesta tarde de sexta-feira pelo Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA), o grupo etário com incidência cumulativa a 14 dias mais elevada é o dos 20 aos 29 anos (159 casos por 100 000 habitantes). No entanto, e como é assumido no documento, regista-se uma tendência globalmente crescente em todos os grupos etários.

O destaque vai ainda para o grupo etário dos indivíduos com 80 ou mais anos que apresentou uma incidência cumulativa a 14 dias de 114 casos por 100 000 habitantes, o que, refere o documento do INSA, "reflete um risco de infeção semelhante ao apresentado pela população em geral, com tendência crescente".

A incidência mais elevada atinge sem dúvida a faixa dos 20 aos 29 anos, depois a dos zero aos 9 anos, com 139 casos por 100 mil habitantes, o que confirma também um aumento de surtos nas creches e nas escolas. Depois, está a faixa dos 30 aos 39 anos com 132 casos por 100 mil habitantes, seguindo-se a faixa acima dos 80 anos, depois a dos 40 aos 49 anos com 106 casos por 100 mil habitantes, a seguir vem a a faixa dos 10 aos 19 anos, com 101 casos por 100 mil e só depois a dos 50 aos 59 anos com 94 casos, a dos 60 aos 69 anos com 79 casos e a dos 70 aos 79 anos com 78 casos por 100 mil habitantes. Mas há a destacar que todas as faixas etárias registam uma tendência crescente.

O relatório das Linhas vermelhas indica ainda que a incidência nacional cumulativa a 14 dias é de 110 casos por 100 000. Uma tendência crescente que também está presente em todas as regiões de saúde, embora o maior crescimento tenha sido registado nas regiões do Centro, de Lisboa e Vale do Tejo e do Algarve. No entanto, nenhuma destas regiões ultrapassa os 240 casos por 100 mil habitantes.

Em relação ao índice de transmissibilidade R(t), calculado por data de início de sintomas, para o período de 27 a 31 de outubro de 2021, o INSA revela que foi de 1,04 a nível nacional, e de 1,03 no continente, tendo sido observado um valor de R(t) superior a 1 na maioria das regiões, com exceção da região Alentejo.

Mas a manter-se esta tendência de crescimento, ao nível nacional, o limiar da taxa de incidência acumulada a 14 dias de 240 casos por 100 mil habitantes pode ser atingido em 2 a 4 meses.

Relativamente aos internamentos, o grupo etário com maior número de casos de covid-19 internados em UCI é o dos 60 aos 79 anos (43 casos), apresentando uma clara tendência crescente nas últimas semanas, assim como o grupo etário dos 40 aos 59 anos.

Artigos Relacionados

No stories found.
Diário de Notícias
www.dn.pt