Várias são as reivindicações dos cidadãos.
Várias são as reivindicações dos cidadãos.MIGUEL A. LOPES

Imigrantes protestam no Porto esta quarta-feira

É a mesma ação realizada em Lisboa recentemente, organizada pelos próprios imigrantes, com apoio de associações como a Solidariedade Imigrante.
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O Porto será palco de protesto de imigrantes na manhã desta quarta-feira. O ato será realizado em frente à Agência para Integração, Migrações e Asilo (AIMA) da cidade. As reivindicações são as mesmas do protesto realizado em Lisboa há alguns dias.

Em causa estão a impossibilidade de realizar renovação de residências e a falta de meios para contacto com a AIMA. Outra demanda, especialmente de comunidades da região Indostânica, é a dificuldade em falar com a agência em casos que o nome de imigrante na lista de restrição do Espaço Schengen. Esta situação ocorre quando um cidadão já efetuou um pedido de regularização noutro país da União Europeia (UE). 

De acordo com Timóteo Macedo, da associação Solidariedade Imigrante, a a situação sempre existiu. No entanto, na época do antigo Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) era possível o contato com o órgão.

O protesto também marca posição contrária ao acordo fechado entre o Governo e as confederações patronais para obtenção de vistos mais rápidos. "[O Governo prefere] fazer o favor às grandes empresas e patrões com a chamada VIA VERDE, para irem buscar trabalhadores Nacionais de Países Terceiros, enquanto existem em Portugal milhares de imigrantes que de uma forma escandalosa, continuam à espera dos seus documentos e dos seus direitos", pontua Macedo.

Na visão do ativista, muitos cidadãos estrangeiros em Portugal estão "claramente com a vida em suspenso e em risco de serem expulsos, poderiam resolver a enorme necessidade de mão de obra, sem terem que recorrer a esquemas suspeitos que mais não servirão do que alimentar as redes mafiosas de tráfico humano".

O reagrupamento familiar é um direito que sucessivos governos estão a limitar. A última grande abertura de vagas foi em outubro de 2022, na época do Governo do Partido Socialista (PS) e do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF). Quando a AIMA foi criada, um portal para o serviço foi criado, mas limitado a crianças que já estão em território nacional, deixando de fora casais sem filhos ou com filhos fora do país.

amanda.lima@dn.pt

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