IGAS investiga transporte de bebé em estado crítico de Faro para Lisboa. INEM admite helicóptero inoperacional

IGAS investiga transporte de bebé em estado crítico de Faro para Lisboa. INEM admite helicóptero inoperacional

INEM reconhece que helicóptero de Loulé não podia ser utilizado desde sábado, o que fez com que o transporte fosse assegurado por uma ambulância.
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A Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS) instaurou esta segunda-feira, 3 de novembro, um processo de esclarecimento sobre o transporte de um bebé em estado crítico desde o Hospital de Faro até ao Hospital Dona Estefânia, em Lisboa, de ambulância.

Em comunicado, a IGAS acrescenta que, no âmbito deste processo, pediu ao Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) e à Unidade Local de Saúde do Algarve para se pronunciarem sobre o caso.

O pedido da IGAS surge depois de um bebé em estado grave ter sido transportado, no sábado, de Faro para Lisboa de ambulância por, segundo a CNN Portugal, o helicóptero do INEM não estar em condições para o transporte.

O próprio INEM reconheceu esta segunda-feira que o helicóptero de Loulé ficou inoperacional no sábado à tarde, salientando que, mesmo que estivesse operacional, não poderia assegurar o transporte de um bebé entre Faro e Lisboa devido às condições meteorológicas adversas.

“O helicóptero com base em Loulé ficou inoperacional cerca das 15:00 de sábado, dia 01 de novembro, por motivos de manutenção e logísticos, prevendo-se que retome a operacionalidade no decorrer do dia de amanhã” [terça-feira], adiantou o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) à Lusa.

Segundo o INEM, o transporte entre estes hospitais “não poderia ter sido assegurado por via aérea a partir de qualquer das bases, Évora ou Loulé, devido às condições meteorológicas adversas que se faziam sentir na altura do pedido, também em Lisboa”.

“Ou seja, mesmo que o helicóptero de Loulé estivesse operacional, o transporte não poderia ser concretizado com recurso a este meio aéreo”, adiantou o instituto, avançando que assegurou a resposta ao pedido por via terrestre, através de uma ambulância de transporte inter-hospitalar pediátrico, “garantindo o transporte e o acompanhamento médico ao bebé com a máxima segurança”.

O transporte inter-hospitalar pediátrico (TIP) dedica-se especificamente ao transporte de recém-nascidos e doentes pediátricos em estado crítico entre unidades de saúde, através de ambulâncias que dispõem de uma tripulação constituída por um médico, um enfermeiro e um técnico de emergência pré-hospitalar.

De acordo com o INEM, estas ambulâncias estão equipadas com “todo o material necessário” à estabilização de doentes dos zero aos 18 anos, permitindo o seu transporte para hospitais onde existam unidades diferenciadas com capacidade para o seu tratamento.

De acordo com a CNN, o bebé nasceu com uma hemorragia cerebral congénita no Hospital de Portimão, na sexta-feira, tendo sido transportado de urgência para o Hospital de Faro com uma referência para neurocirurgia, mas face à gravidade da situação teve de ser encaminhado para Hospital Dona Estefânia, em Lisboa.

Segundo alguns órgãos de comunicação social, a equipa médica pediu ao INEM para que o bebé fosse helitransportado para Lisboa, mas o helicóptero estacionado em Loulé não tinha condições para cumprir o transporte.

Numa nota enviada às redações, o INEM esclareceu que o bebé não poderia ser transportado pelos helicópteros das bases, Évora ou Loulé, “devido às condições meteorológicas adversas”.

“O INEM assegurou a resposta por via terrestre, através da Ambulância de Transporte Inter-hospitalar Pediátrico, garantindo o transporte e o acompanhamento médico ao bebé com a máxima segurança”, garante ainda o instituto.

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