A Inspeção-Geral da Administração Interna (IGAI) avançou esta sexta-feira, 11 de julho, que foi aberto um processo administrativo ao caso das suspeitas de tortura em esquadras da PSP, em Lisboa, e que aguarda o envio de informações desta polícia.Em resposta escrita enviada à Lusa, a IGAI esclareceu que “aguarda o envio de elementos por parte da PSP” e que o processo administrativo se encontra a decorrer.O processo está relacionado com as buscas feitas esta quinta-feira pelo Ministério Público a várias esquadras da primeira Divisão Policial de Lisboa e que resultaram na detenção de dois agentes da PSP, que estão hoje a ser ouvidos em primeiro interrogatório para aplicação das respectivas medidas de coação.Em causa estão suspeitas de crimes de tortura, ofensas à integridade física qualificadas, peculato e falsificações, indicou a Procuradoria-Geral da República (PGR), numa nota publicada esta quinta-feira no seu ‘site’.“Até ao momento, encontram-se denunciados cerca de uma dezena de ilícitos”, acrescentou a PGR, referindo ainda que foi a PSP que denunciou os factos em investigação.As buscas decorreram em algumas esquadras da primeira Divisão Policial de Lisboa e fonte policial adiantou à Lusa que aconteceram, pelo menos, nas esquadras do Bairro Alto e do Rato.Além das buscas feitas nas esquadras, o Ministério Público fez também buscas domiciliárias.Contactado pela Lusa, o Ministério da Administração Interna indicou que não vai fazer qualquer comentário sobre as buscas.."Um só caso já é mau". Diretor da PSP dececionado com agentes suspeitos do crime de tortura.Agentes da PSP, de 25 e 26 anos, detidos por suspeitas do crime de tortura a toxicodependentes