Exclusivo "Há objetores que recusam até tirar sangue a quem aborta"

Um terço dos hospitais não fazem interrupção de gravidez até às 10 semanas alegando objeção de consciência de todo o corpo clínico, mas nem ministério nem Ordem sabem dizer quantos médicos objetores para a IVG há no país. Nem, tão-pouco, quais os atos a que podem objetores objetar: existe quem recuse tirar sangue ou fazer ecografias a quem vai fazer ou fez IVG. Bastonário anuncia "documento com definição clara".

"Desde que seja para interromper a gravidez, não tiram sangue para análise. E também recusam pôr dispositivos intra-uterinos [DIU] na consulta de seguimento da interrupção de gravidez."

Em causa estão, explica esta enfermeira de um hospital do centro do país, que pede para não ser identificada, colegas objetores de consciência. "Alguns nem boa tarde dizem às mulheres que interrompem a gravidez. Fiquei espantada, não percebo como isto é possível, mas recusam-se", comenta. "Conversei sobre isso com uma dessas colegas e disse-me que como é objetora não tem de fazer nada que envolva pessoas que abortam."

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