Joana Bordalo e Sá, da Fnam
Joana Bordalo e Sá, da FnamGerardo Santos/Global Imagens

Fnam disponível para negociar com próximo Governo mas exige soluções verdadeiras

Joana Bordalo e Sá acusou o atual Ministério da Saúde de ter em marcha “um desmantelamento do SNS e não uma reorganização”.
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A Federação Nacional dos Médicos (Fnam) deixou este sábado uma mensagem de disponibilidade para negociar com o próximo Governo, afirmando que o Serviço Nacional de Saúde não se governa com nomeações políticas e remendos, mas sim com soluções verdadeiras.

Em declarações à agência Lusa à margem de uma reunião extraordinária do conselho nacional da Fnam, em Coimbra, a presidente desta organização acusou o atual Ministério da Saúde de ter em marcha “um desmantelamento do SNS e não uma reorganização”.

E deu o exemplo com o fecho de bloco de partos, por falta de médicos, que “vai obrigar as grávidas a fazer dezenas de quilómetros ou a ter os seus filhos nas ambulâncias, o que já tem acontecido”.

Para Joana Bordalo e Sá, as dificuldades não se sentem só ao nível da saúde materno infantil: “Continuamos com mais e mais utentes sem médico de família, listas de espera cirúrgicas a crescer, utentes reféns de linhas telefónicas, uma crise do INEM que ainda não tem esclarecida quais os responsáveis, demissões de administrações de unidades de saúde”.

Além de criticar a liderança de Ana Paula Martins, a presidente da Fnam elegeu como prioridade o desenvolvimento de estratégias para fixar médicos, porque “este Ministério da Saúde não conseguiu nenhum acordo capaz de fixar médicos”.

Isso consegue-se, na ótica de Joana Bordalo e Sá, com “carreiras valorizadas, condições de trabalho dignas e salários justos para os médicos quererem ficar no SNS”.

Ao próximo Governo deixou uma mensagem: “A Fnam tem as soluções, independentemente de quem venha a ganhar as eleições. Queremos sobretudo negociar”.

“O SNS não se governa com nomeações políticas e remendos. Não podemos continuar a tapar buracos onde já não há chão”, disse.

Joana Bordalo e Sá, da Fnam
Nos últimos seis anos, saíram mais de seis mil médicos do SNS

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