O feitio dos portugueses está a ser moldado pelas tecnologias, como uma tensão crescente entre as vertentes de autenticidade e aceitação social. São vários os que reconhecem sentir necessidade de esconder traços da respetiva personalidade, de forma a adaptarem-se aos contextos sociais.De acordo com um estudo desenvolvido pela Behavior Insights Unit da Universidade Católica Portuguesa e promovido pela marca Limiano, está em causa uma tendência impulsionada pelas redes sociais, a partir das quais se geram padrões a vários níveis. O estudo foi realizado com recurso a 50 entrevistas, que permitiram elaborar uma análise comportamental e psicológica.O feitio fica afetado e, em determinados casos, reprimido, em função da intenção de corresponder a determinados padrões sociais, que dizem respeito ao ambiente profissional, escolar e até familiar. Tendo por base ideais de "comportamento, imagem e sucesso", surge pressão para que crianças e adultos pareçam "certos, aceitáveis e encaixados".Entre os inquiridos, uma grande parte associa o início do ano laboral ou letivo à "necessidade de voltar a esconder o feitio". Entre as conclusões do estudo, surge ainda a ideia de que defeito e feitio são conceitos diferentes que, em determinados casos, se confundem. Determinados traços de personalidade (como teimosia, frontalidade, sensibilidade ou timidez) "são vistos como defeito num contexto e como valor noutro", aponta-se.."Urgência", "perda de controlo" e "sem comportamento aditivo". Em que perfil de dependência do telemóvel se encaixa?