A Polícia Judiciária deteve esta terça-feira, 16 de dezembro, 13 pessoas suspeitas de realizarem assaltos violentos em casas de luxo fazendo-se passar por polícias. Estão indiciados da prática dos crimes de associação criminosa, roubo qualificado, sequestro agravado, usurpação de funções, detenção de arma proibida e crime cometido com arma, segundo avanço a PJ em comunicado.As detenções ocorreram no âmbito de uma operação policial de larga escala em que participaram mais de 200 elementos de várias valências da PJ, denominada Balaclava, na qual foram ainda cumpridos 28 mandados de busca domiciliária e no decurso da qual foram apreendidos vários elementos de prova: objetos em ouro, uma quantia de dinheiro ainda não apurada, produto estupefaciente, munições e armas brancas. De acordo com a PJ, estes suspeitos integravam um "grupo criminoso estável, estruturado e profissionalizado, que, de forma concertada e reiterada, desenvolvia, há pelo menos um ano e meio, múltiplos roubos violentos em residências", fazendo-se passar por polícias.Para isso, usavam armas de fogo curtas, crachás, coletes táticos com a menção “POLÍCIA”, balaclavas, instrumentos de imobilização das vítimas, designadamente abraçadeiras, bem como falsos mandados de busca e apreensão, como se se tratassem de mandados judiciais autênticos."Este modus operandi permitia o acesso ilegítimo ao interior das habitações das vítimas, previamente selecionadas em função da capacidade económico-financeira. Mediante entradas forçadas, ameaças graves e agressões físicas, eram subtraídos bens de elevado valor económico e patrimonial, nomeadamente numerário, ouro e joias, causando elevado alarme social e acentuado sentimento de insegurança", explica a PJ.