Escola de Odivelas vandalizada quatro vezes em mês e meio

Diretor da Escola Secundária da Ramada salientou que não foi roubado "absolutamente nada", mas o bar e a sala de convívio foram destruídos
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A Associação de Pais da Escola Secundária da Ramada, Odivelas, que foi vandalizada no sábado pela quarta vez em mês e meio, manifestou-se hoje preocupada com a insegurança naquele estabelecimento de ensino e pediu uma resposta "urgente" do Governo. A escola esteve hoje encerrada e reabrirá amanhã.

Cerca de 1500 alunos da Escola Secundária da Ramada estão hoje sem aulas devido a estragos provocados no sábado, na quarta vez em que a escola foi vandalizada no espaço de um mês e meio. No domingo, o diretor desta escola, Edgar Oleiro, disse à Lusa que "os autores dos atos de vandalismo destruíram o bar e a sala de convívio, tendo partido computadores e televisores". Além disso, "vandalizaram a cozinha e o refeitório e partiram 25 vidros enormes colocados nas entradas dos pavilhões dos blocos de aulas", mas não roubaram "absolutamente nada".

"Amanhã [terça-feira] vamos retomar [as aulas]. Já fizemos a limpeza daquilo que era possível e amanhã iremos reabrir", acrescentou. Edgar Oleiro, que estima que os estragos ascendam aos 20 mil euros, disse que "a direção da escola tem estado em articulação com a PSP para que haja um reforço da vigilância e se evite que situações semelhantes se repitam."

O responsável referiu, ainda, que a escola também está em conversações com a Direção Geral dos Estabelecimentos Escolares, que está sob tutela do Ministério da Educação, no sentido de pedir um reforço financeiro que "ajude a atenuar os prejuízos".

O vice-presidente da Associação de Pais da Escola Secundária da Ramada, José Beja, afirmou à Lusa que os atos de vandalismo "têm sido frequentes" e que os pais estão "cansados de alertar as autoridades" para a situação de perigo.

"Nós estamos a encarar esta situação com bastante preocupação. Temos um bando de delinquentes à solta que estão a pôr em causa a segurança dos nossos filhos. Chegamos ao limite e não vamos descansar enquanto isto não for resolvido", apontou.

José Beja referiu que os pais já deram conhecimento destes "sucessivos atos de vandalismo" à Direção Geral dos Estabelecimentos Escolares (DGEstE), mas ainda não obtiveram uma resposta. "Existem várias questões, inclusive a das câmaras de videovigilância que foram roubadas. Vamos esperar até amanhã [terça-feira] e se não obtivermos uma resposta vamos reunir-nos para ver que providências é que iremos tomar", afirmou.

A Lusa contactou também a Câmara Municipal de Odivelas e o Ministério da Educação, mas estas entidades remeteram uma resposta para mais tarde.

(Notícia atualizada às 16:16)

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