Matrículas de estudantes aprovados na primeira fase começa nesta segunda-feira (25) e se estende até quinta-feira (28).
Matrículas de estudantes aprovados na primeira fase começa nesta segunda-feira (25) e se estende até quinta-feira (28).Arquivo Global Imagens.

Ensino Superior. Engenharia Aeroespacial volta a liderar entre os cursos mais difíceis de entrar

Universidade do Porto tem a média mais alta da 1.ª fase do Concurso Nacional de Acesso. Menos de 44 mil novos estudantes foram admitidos este ano, mas taxa de colocação subiu para 90,1%.
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A primeira fase do Concurso Nacional de Acesso (CNAES) ao ensino superior público colocou este ano 43.899 novos estudantes, uma quebra de 12,1% em relação a 2024. Ainda assim, a taxa de colocação subiu para 90,1%, o valor mais alto da última década.

Quase dois terços dos candidatos (63,1%) entraram logo na primeira opção e 90,9% ficaram colocados numa das três primeiras escolhas.

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O curso mais competitivo voltou a ser Engenharia Aeroespacial da Universidade do Porto, onde o último admitido entrou com 194,3 valores, a média mais alta em todo o sistema público, embora duas décimas abaixo do último classificado em 2024.

Esta área de estudo confirma a tendência dos últimos anos, com quatro licenciaturas no top 10 nacional. Além da FEUP, estão também Engenharia Aeroespacial no Minho (188,5), no Instituto Superior Técnico da Universidade de Lisboa (185,0) e em Aveiro (183,8).

"Os resultados confirmam a Universidade do Porto na dianteira do ensino superior em Portugal, espelhando o esforço de toda a comunidade académica para atingir a excelência”, comemorou António de Sousa Pereira, reitor da Universidade do Porto. “Num mundo cada vez mais imprevisível, as sociedades só se conseguirão desenvolver com as competências que o ensino superior conseguir transmitir às novas gerações para que estas produzam inovação", prosseguiu o reitor.

O ranking inclui ainda Engenharia e Gestão Industrial na Universidade do Porto (186,5), duas formações de Matemática Aplicada à Economia e à Gestão no ISEG, em Lisboa (185,1 no regime normal e 183,9 no pós-laboral), e dois cursos de Medicina no Porto: na Faculdade de Medicina (185,3) e no Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (184,7).

A surpresa veio do Instituto Politécnico do Cávado e do Ave, que entrou neste grupo com Engenharia de Sistemas Informáticos em regime pós-laboral (189,5), a segunda nota mais alta do país.

Em termos de áreas, a Educação Básica foi uma das que mais cresceram, com um aumento de 20,3% face ao ano passado. Este ano entraram 1.199 novos estudantes, ocupando 100% das vagas.

Nos últimos três anos, o crescimento acumulado é de 64,9%, sinal do interesse renovado pela carreira docente. Já em Medicina, foram colocados 1.647 alunos, o segundo valor mais alto de sempre. No conjunto dos ciclos de estudo considerados mais competitivos, entraram 4.524 novos alunos, mais 10% do que em 2024.

As grandes universidades públicas do país continuam a absorver a maioria dos estudantes. A de Lisboa lidera com 7.440 colocados, seguida da do Porto, com 4.929, e de Coimbra, com 3.475.

No entanto, as instituições do interior registaram uma queda acentuada. O número de alunos colocados em regiões de menor procura e pressão demográfica caiu 21,1%, para 10.151. O Politécnico da Guarda perdeu quase metade dos colocados (-46,7%) e o Politécnico de Tomar registou uma quebra de 44,8%. Também Leiria, Santarém e Viseu tiveram reduções significativas.

O Instituto Universitário de Lisboa (Iscte) foi a única universidade pública do país a aumentar o número de alunos colocados na primeira fase do concurso nacional de acesso face a 2024, facto celebrado pela reitora Maria de Lurdes Rodrigues.

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"Num contexto em que o ensino superior perde seis mil alunos colocados face a 2024, cerca de 12%, afetando as instituições de forma muito desigual, o Iscte confirma-se como uma universidade com grande procura por parte de alunos de todo o país”, sublinhou Rodrigues.

A reitora ainda explicou que entre outras razões, a posição deve-se "à capacidade que o Iscte tem revelado para inovar na sua oferta formativa e, também, por ter aberto uma escola em Sintra, no norte da Área Metropolitana de Lisboa, que é a região nacional com mais jovens".

Das 55.292 vagas abertas, sobraram 11.513 lugares para a segunda fase de candidaturas, mais do dobro do ano passado. A DGES sublinha que é o maior número de vagas sobrantes desde 1999, explicado pela descida global de candidatos.

As matrículas dos estudantes agora admitidos decorrem entre 25 e 28 de agosto. A segunda fase do CNAES abre também a 25 de agosto e prolonga-se até 3 de setembro, com divulgação de resultados marcada para 14 de setembro.

Os números do Ensino Superior em 2025

43.899 novos estudantes colocados na 1.ª fase

90,1% taxa de colocação, mais quatro pontos percentuais do que em 2024

63,1% ficaram na 1.ª opção de candidatura

11.513 vagas sobraram para a 2.ª fase, mais do dobro do ano passado

1.647 estudantes admitidos em Medicina (segundo valor mais alto de sempre)

1.199 colocados em Educação Básica (+20,3% face a 2024)

7.076 novos alunos na Universidade de Lisboa (a instituição que mais recebeu)

194,3 valores foi a nota do último colocado no curso mais competitivo: Engenharia Aeroespacial da Universidade do Porto

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