CP apresenta um recurso junto do Tribunal da Relação de Lisboa a contestar falta de serviços mínimos

CP apresenta um recurso junto do Tribunal da Relação de Lisboa a contestar falta de serviços mínimos

Em causa a decisão do Tribunal Arbitral do Conselho Económico e Social em não decretar serviços mínimos para as greves convocadas pelas diferentes organizações sindicais.
Publicado a
Atualizado a

A CP – Comboios de Portugal anunciou esta quarta-feira que apresentou um recurso, junto do Tribunal da Relação de Lisboa, a contestar a decisão do Tribunal Arbitral do Conselho Económico e Social em não decretar serviços mínimos para as greves convocadas pelas diferentes organizações sindicais.

No entender da empresa, a ausência de serviços mínimos "compromete gravemente o interesse público e penaliza desproporcionalmente os cidadãos, afetando o acesso ao trabalho, à saúde e à educação".

A CP lamenta ainda "os graves transtornos e impactos que as greves em curso estão a trazer ao dia a dia de todos os seus clientes". "O Conselho de Administração está consciente da severidade dos danos que estas paralisações causam nas centenas de milhar de passageiros/dia que usam o comboio como meio de transporte nas suas deslocações diárias", pode ler-se num comunicado enviado às redações.

CP apresenta um recurso junto do Tribunal da Relação de Lisboa a contestar falta de serviços mínimos
Ministro acusa sindicatos da CP de usar a greve para "parar o país por interesse político”

A paralisação, que se prolonga até 14 de maio, foi convocada contra a imposição de aumentos salariais “que não repõem o poder de compra”, pela “negociação coletiva de aumentos salariais dignos” e pela “implementação do acordo de reestruturação das tabelas salariais, nos termos em que foi negociado e acordado”, segundo os sindicatos.

A greve terá um especial impacto nos dias desta quarta e quinta-feira, devido ao maior número de sindicatos (14) que aderiram à paralisação nestes dias.

"No sentido de alcançar um acordo, a CP envidou todos os esforços, em conjunto com a tutela, apresentando aos sindicatos uma proposta de reestruturação das tabelas salariais no valor de 5,75 milhões de euros, valor máximo que pode ser enquadrado dentro dos limites legais de um governo em gestão, o que não foi aceite", indica a empresa na nota.

"A CP reafirma o compromisso com os seus trabalhadores, estando totalmente disponível para dar continuidade ao processo de reestruturação salarial, assim que estiverem reunidas todas as condições", acrescenta.

CP apresenta um recurso junto do Tribunal da Relação de Lisboa a contestar falta de serviços mínimos
Comboios parados em todo o país por causa da greve na CP

Artigos Relacionados

No stories found.
Diário de Notícias
www.dn.pt