Voluntários fazem a triagem de alimentos na sede do Bamco Alimentar, em Alcântara.
Voluntários fazem a triagem de alimentos na sede do Bamco Alimentar, em Alcântara.Reinaldo Rodrigues

Com fotogaleria. Banco Alimentar promove nova recolha de alimentos este fim de semana

Campanha decorre nos dias 31 de maio e 1 de junho em mais de duas mil lojas, com o apoio de cerca de 40 mil voluntários.
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O Banco Alimentar Contra a Fome realiza este fim de semana, dias 31 de maio e 1 de junho, mais uma campanha nacional de recolha de alimentos. A iniciativa decorre em mais de duas mil superfícies comerciais em todo o país e conta com a participação de cerca de 40 mil voluntários.

De acordo com Isabel Jonet, presidente da Federação Portuguesa dos Bancos Alimentares Contra a Fome, a campanha ocorre "numa altura em que a situação está muito difícil para tantas famílias", citada num comunicado do Banco Alimentar Contra a Fome.

"A partilha de alimentos básicos tem um impacto real de pessoas concretas. É necessário um esforço coletivo para dar resposta a esta necessidade vital de alimentar as pessoas que efetivamente precisam", sublinhou Jonet.

Os donativos, preferencialmente bens alimentares não perecíveis como leite, arroz, conservas, azeite, farinha ou cereais, podem ser entregues à saída dos supermercados, em sacos próprios da campanha. Os produtos recolhidos são encaminhados para os armazéns do Banco Alimentar da respetiva região, onde serão separados e distribuídos por instituições de solidariedade.

Além da entrega direta, é também possível contribuir através dos vales “Ajuda Vale”, disponíveis nas caixas das lojas até 8 de junho. Esta modalidade permite doar produtos específicos através da leitura de códigos de barras, sem necessidade de contacto com voluntários.

Quem não se encontra em Portugal ou não consegue deslocar-se a um supermercado pode ainda participar online, através do site www.alimentestaideia.pt, onde é possível selecionar e doar alimentos de forma digital até 8 de junho.

"A taxa de pobreza em Portugal continua muito elevada, há muitos idosos que vivem sós, o peso da habitação representa uma fatia muito elevada de orçamentos já de si muito esticados colocando numa situação de fragilidade pessoas que têm trabalho, mas não ganham o suficiente para fazer face a todas as despesas para quem a ajuda constitui um fator de esperança e permite ultrapassar situações pontuais de aperto", alertou Jonet.

Segundo dados da Federação Portuguesa dos Bancos Alimentares, só em 2024 foram distribuídas 27,8 mil toneladas de alimentos, o equivalente a mais de 100 toneladas por dia útil. A ajuda chegou a mais de 360 mil pessoas, através de uma rede de 2300 instituições.

Fundado em 1991, o Banco Alimentar tem atualmente 21 núcleos em funcionamento no país. A instituição opera com base no voluntariado e em parcerias com organizações locais, procurando combater o desperdício e atenuar situações de pobreza alimentar.

Os 21 núcleos da iniciativa estão situados nas zonas de Abrantes, Algarve, Aveiro, Beja, Braga, Castelo Branco, Coimbra, Cova da Beira, Évora, Leiria-Fátima, Lisboa, Madeira, Oeste, Portalegre, Porto, S. Miguel, Santarém, Setúbal, Terceira, Viana do Castelo e Viseu.

Confira fotos da campanha do Banco Alimentar deste fim de semana pelas lentes do fotojornalista do DN, Reinaldo Rodrigues.

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