Clonagem de cartões bancários. PJ emite alerta com dicas para evitar ser vítima deste crime
A clonagem de dados e de cartões bancários não é um "fenómeno novo", mas continua a render dinheiro aos criminosos. Esta afirmação da Polícia Judiciária (PJ) está no mais recente alerta emitido pela força de segurança sobre a prática, que traz orientações para a população se proteger contra este tipo de crime.
De acordo com a PJ, a clonagem de cartões bancários "possibilita a grupos criminosos desencadear movimentos a débito não autorizados nas contas bancárias dos titulares dos cartões contrafeitos (clonados)".
Para copiar os dados dos cartões, são utilizados dispositivos, chamados skimmers, que permitem a leitura da banda magnética, ou ainda microcâmaras instalados de forma dissimulada em terminais ATM que captam o PIN dos cartões quando introduzido pelos utilizadores.
O alerta desta força de segurança surge na sequência da conclusão da Operação “Ctrl €”, realizada nas zonas da Grande Lisboa, Grande Porto, Minho e Algarve, "que culminou na detenção de 10 pessoas, por fortes indícios da autoria de crimes de associação criminosa, envolvendo a contrafação e uso de cartões ou outros dispositivos de pagamento e branqueamento de capitais, que resultou num prejuízo patrimonial que ascende a 450 mil euros", lê-se no comunicado.
Como se proteger?
Em caixas ATM, a PJ orienta que o utilizador examine o terminal. Caso detete vestígios de que tenha sido manipulado, como peças soltas, ou outro fator invulgar, não deve prosseguir com a operação e informar o banco ou a polícia.
Sempre que utilizar um ATM, tapar o teclado na hora de digitar o código PIN.
Se durante a utilização ocorrer alguma falha na operação, fazer o cancelamento e reportar ao banco.
A PJ explica ainda que o skimming, ou a clonagem dos cartões, também pode ocorrer em estabelecimentos comercias ou em outros contextos de pagamento com recurso a terminais de pagamento, as máquinas TPA. Nestes casos, a orientação é nunca perder o cartão de vista durante o ato da compra.
No alerta, a PJ chama a atenção para a necessidade de que todos os utilizadores tenham em conta estas orientações, "em especial utilizadores de idade mais avançada, que por norma e redução da capacidade visual, realizam mais operações e demoram mais tempo em contexto de ATM".