Ciência Viva propõe férias no laboratório

Mais de 1300 alunos do secundário fazem estágios em 80 instituições científicas de todo o país até setembro
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Há atividades científicas para todos os gostos e a ideia é mesmo pôr as mãos na massa: ir para o campo e recolher amostras de água e da microfauna em estuários e rios e depois analisá-las no laboratório; integrar projetos de robótica e aprender a programar; fazer sistemas de eletrónica e com isso produzir música, as propostas são muitas, e muito variadas. É a 21ª edição da Ciência Viva no Laboratório que até setembro oferece mais de 300 estágios a 1230 alunos do ensino secundário, em 80 instituições científicas de todo o país .

Este ano há também a grande novidade de um estágio de duas semanas no CERN, o Laboratório Europeu de Física Nuclear, perto de Genebra, ao qual 22 alunos portugueses do ensino secundário vão ter acesso no início de setembro.

A nova edição da Ciência Viva no Laboratório é assinalada hoje no MARE - Centro de Ciências do Mar e do Ambiente, na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, onde os estágios, já a decorrer, permitem aos alunos olhar de perto a vida e os ecossistemas que ali florescem, perceber como eles funcionam e que problemas têm.

"Os alunos têm a oportunidade de fazer uma saída de campo para recolher amostras de água e da fauna no estuário do Tejo e depois vão para o laboratório, aprendem a analisar as amostras, com as técnicas da biologia molecular e a identificar, por exemplo, a idade dos peixes", explica Ana Noronha, diretora executiva da Ciência Viva.

Integrados nos projetos de estudo do estuário do Tejo, os jovens poderão observar a presença de algumas espécies tropicais que ali chegaram recentemente, como a corvina ou a ameijoa japonesa, umas devido às alterações climáticas, outras talvez à boleia dos navios que vêm de longe. Num dos estágios aprenderão a fazer também análises aos parâmetros físicos e químicos da água, o que lhes permitirá avaliar a eventual presença de contaminantes na água.

A escolha do MARE para assinalar mais uma edição desta iniciativa dedicada à promoção de férias científicas prende-se com "o interesse" de estágios em que "os alunos vão estar a trabalhar sobre os ecossistemas do estuário do Tejo", numa altura em que "Lisboa está na ordem do dia, com o turismo e os cruzeiros" sublinha Ana Noronha. Mas há muitas outras férias científicas ainda disponíveis, que os interessados podem consultar aqui.

A Ciência Viva no Verão tem igualmente um extenso programa de atividades, estas dedicadas ao público em geral, que pode visto aqui.

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