Os manifestantes sentados faixa rodoviária.
Os manifestantes sentados faixa rodoviária.MANUEL DE ALMEIDA / Lusa

Cerca de 50 pessoas cortaram acesso ao aeroporto de Lisboa e exigiram "transportes gratuitos". Seis detidos

Autodenominados ativistas da Climáximo realizaram ação nos acessos ao Aeroporto Humberto Delgado e apenas mobilizaram após ação policial.
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Foram cerca de 50 pessoas os autodenominados ativistas do movimento Climáximo que se concentraram este domingo junto do aeroporto de Lisboa num protesto que, dizem, serve para “travar a crise climática”, bem como para exigir transportes gratuitos. A PSP deteve seis pessoas por "desobediência".

Segundo a Lusa, estas pessoas começaram a juntar-se pelas 15h00 na rotunda do Relógio, preparando-se para marchar em direção ao aeroporto Humberto Delgado, com intenção de riar “disrupção da hora de pico dos voos” uma hora depois.

Ao som de tambores, os manifestantes cantavam: “Vamos parar os aviões para cortar as emissões”, empunhando cartazes com as inscrições “Menos Avião, Mais Habitação” ou “Desarmar a indústria fóssil”.

Um forte dispositivo da PSP acompanhou a marcha e impediu os manifestantes de entrar na área reservada ao aeroporto.

Estes acabaram por sentar-se na via, cortando o acesso rodoviário.

O impasse durou ainda alguns minutos, até que o subintendente da PSP Bruno Marques fez um ultimato aos ativistas, dizendo que começaria a dar ordens de dispersão, porque estavam colocar em risco a ordem pública.

Ao terceiro aviso os manifestantes deslocaram-se para a berma, permitindo o tráfego viário, perante o ar espantado de alguns turistas que entretanto passavam na zona.

O balanço final do incidente foi a detenção de quatro pessoas por "desobediência". Os detidos foram encaminhados para a esquadra dos Olivais para identificação.

Em comunicado enviado às redações, a organização afirma não aceitar que "enquanto a ANA", a gestora dos aeroportos em Portugal, "fechou 2024 com o lucro histórico de 511 milhões de euros e um número recorde de 69 milhões de passageiros, milhares percam as suas casas por cheias, incêndios e catástrofes”.

“Para travar a crise climática e os seus piores efeitos, para evitarmos uma Valência (sic) todos os anos e para conseguirmos uma vida justa e digna num planeta habitável, nós precisamos de cortar emissões de gases com efeito de estufa. Isto significa que o setor da aviação tem de decrescer drasticamente, porque atualmente é uma das formas mais rápidas de queimar o planeta”, pode ainda ler-se.

Dizem que é nesse sentido que defendem "um sistema de transportes públicos gratuito, acessível e eletrificado, servindo todo o território nacional e com boas ligações internacionais".

Notícia retificada às 20:10 - fonte da Climáximo afirma terem sido detidas seis pessoas.

Com Lusa

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Climáximo organiza protesto no aeroporto de Lisboa neste domingo

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