Central nuclear de Almaraz "estável" após paragem não programada

Conselho de Segurança Nuclear de Espanha disse que o incidente "não teve nenhum impacto sobre os trabalhadores, o público ou o ambiente"

A Central Nuclear de Almaraz, em Espanha, informou que a Unidade 1, que sofreu hoje uma paragem não programada, encontra-se em "situação estável" e assegurou que "todos os controlos e proteções" funcionaram corretamente.

Em comunicado, a central adianta que os funcionários estão investigar a anomalia e a realizar testes e inspeções para voltar a ligar a rede elétrica da unidade.

O Conselho de Segurança Nuclear (CSN) de Espanha informou pouco depois que o incidente "não teve nenhum impacto", classificando-se no nível zero na Escala Internacional de Ocorrências Nucleares (INES), que tem sete níveis.

O incidente, "que não teve nenhum impacto sobre os trabalhadores, o público ou o ambiente, é classificado com nível zero" na INES, elaborada pela Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) para informar o público sobre a gravidade das ocorrências em instalações nucleares, refere o CSN em comunicado.

O CNS refere no comunicado que foi informado pelo titular da Central Nuclear de Almaraz da ocorrência de uma paragem não programada na Unidade 1 devido à paragem da bomba principal número dois.

"Os sistemas de segurança funcionaram corretamente e a unidade encontra-se parada, em condição estável e segura", adianta o CSN no comunicado, adiantando que a central já desencadeou uma investigação para averiguar a causa do incidente.

Sistemas de segurança funcionaram corretamente e a unidade encontra-se parada, em condição estável e segura

A situação foi denunciada pelo Movimento o Movimento Ibérico Antinuclear (MIA) e a Associação Ecologistas em Ação que reiteram a sua exigência para que não seja renovada a autorização de funcionamento da central de Almaraz, que tem licença até 2020.

"Esta acumulação de incidentes, ainda mais quando acontece no mesmo sistema de alimentação elétrica, mostra claramente que a central trabalha, a cada dia que passa, com a segurança mais degradada", adverte o Movimento Ibérico Antinuclear, composto por várias organizações portuguesas e espanholas, e os Ecologistas em Ação.

Para os ambientalistas, é imperativo a realização de uma investigação para averiguar a causa específica dessas falhas repetidas.

"A causa principal é claramente o envelhecimento progressivo da central, que aconselha a que não seja prolongado o seu funcionamento", vincam no comunicado.

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