Maternidade Daniel de Matos
Maternidade Daniel de MatosFacebook / ULS de Coimbra

Caso ocorreu em Coimbra. Regulador da saúde analisa morte de feto em grávida em final de gestação

Caso ocorreu na Maternidade Daniel de Matos, ULS de Coimbra, para onde a grávida, de 43 anos, foi encaminhada por se ter sentido mal. Família acusa o hospital de negligência e falta de assistência.
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A Entidade Reguladora da Saúde (ERS) está a analisar a morte de um bebé no final da gravidez, em Coimbra, após a família ter acusado o hospital de negligência e falta de assistência médica, segundo o regulador.

O caso noticiado esta terça-feira, 4 de novembro, pelo Correio da Manhã ocorreu na Maternidade Daniel de Matos, integrada na Unidade Local de Saúde (ULS) de Coimbra, para onde a grávida, de 43 anos, foi encaminhada por se ter sentido mal

Segundo o jornal, a grávida estava em final de gravidez, que foi acompanhada na maternidade Bissaya Barreto, onde teve a última consulta na quinta-feira sem lhe ter sido detetado qualquer tipo de problema

O Correio da Manhã adianta que a família acusa o hospital de negligência e falta de assistência médica e que irá avançar com uma queixa contra a ULS de Coimbra

Contactada pela Lusa, a ERS afirmou que “tomou conhecimento da situação através de notícias difundidas nos órgãos de comunicação social, encontrando-se a analisar a situação no âmbito de um procedimento administrativo em curso”.

Também contactada pela Lusa, a ULS de Coimbra relatou que uma grávida com 37 semanas e 3 dias, após episódio de hemorragia no domicílio, deu entrada no dia 1 de novembro, às 22:29, na urgência da Maternidade Dr. Daniel de Matos.

“Tratava-se de uma grávida seguida na Maternidade Bissaya Barreto (MBB), com vigilância e evolução adequadas”, refere a instituição, adiantando que a utente tinha tido uma consulta a 29 de outubro, com avaliação clínica completa, ecografia e cardiotocografia, com todos os parâmetros dentro da normalidade.

Segundo a ULS, quando a grávida chegada à urgência foi decidido o seu internamento, bem como a realização de exames complementares de diagnóstico, indicados neste contexto, tendo a cardiotocografia detetado “ausência de vitalidade fetal, imediatamente confirmada através de ecografia”. 

Adianta que foi realizada cesariana, por indicação clínica prévia por patologia ginecológica preexistente, e que os “dados ecográficos e de geneticista confirmaram sinais de morte fetal prévia”.

“Tal como protocolado nestas situações, foi desencadeado estudo anatomopatológico, do qual se aguardam resultados”, acrescenta.

A ULS sublinha que “a grávida foi devidamente esclarecida da situação e oferecido apoio psicológico”.

De acordo com a instituição, a utente revela uma boa evolução pós-operatória, continuando internada e devidamente acompanhada.

“A ULS de Coimbra manifesta sincera empatia e solidariedade para com a mãe e a família”, refere na resposta escrita à Lusa.

O CM conta que, no fim-de-semana, a mulher se sentiu mal e foi encaminhada para a maternidade Daniel de Matos, onde diz que os sinais vitais do bebé estavam bem, depois de ali ter dado entrada, mas terá estado muito tempo sem qualquer tipo de assistência e monitorização.

Quando voltou a ser vista pela equipa médica, foi-lhe comunicado que o bebé estava morto e ficou várias horas à espera que o retirassem do seu ventre. Já depois disso a grávida terá tido complicações e esta segunda-feira terá ido ao bloco operatório, segundo disse a sua irmã Vera Carvalho.

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