Três detidos após ataque a carro com adeptos do FC Porto no Lumiar
Um carro ardeu esta terça-feira (10) no Lumiar, junto ao pavilhão João Rocha, em Lisboa, pelas 18h35. Segundo o Correio da Manhã quatro adeptos do FC Porto, alegadamente ligados à claque Super Dragões, ficaram feridos, um deles com gravidade, quando a viatura em que seguiam foi atacada com um engenho incendiário. Três suspeitos foram detidos.
O ataque terá sido realizado com uma tocha ou um cocktail Molotov após o jogo de hóquei em patins entre o Sporting e o FC Porto, ao qual as vítimas tinham assistido.
De acordo com a mesma fonte, a vítima em estado grave foi transportada para o hospital de Santa Maria.
De acordo com um comunicado emitido esta quarta-feira, 11 de junho, pela Polícia Judiciária, foram detidos três suspeitos de cinco crimes de tentativa de homicídio no âmbito deste incidente. "Os suspeitos integravam um grupo mais alargado que praticou as agressões agora em investigação, estando na sua origem rivalidades entre adeptos de dois clubes desportivos", diz a PJ em comunicado.
"A Polícia Judiciária (PJ), através da Diretoria de Lisboa e Vale do Tejo, em estreita colaboração e articulação com a Polícia de Segurança Pública (PSP), deteve, fora de flagrante delito, três homens indiciados pela prática de cinco crimes de homicídio qualificado na forma tentada, ofensas à integridade física qualificada, um crime de incêndio, de roubo e detenção e uso de armas proibidas, que vitimaram os ocupantes de um veiculo automóvel, que circulava, ontem, na zona da Alameda das Linhas de Torres, em Lisboa", anuncia a PJ.
Os suspeitos, com idades entre os 22 e os 26 anos, foram localizados e interectados pela PSP e levados para a esquadra de Benfica. Dada a natureza dos crimes, ficaram depois sob a alçada da PJ.
O presidente do Sporting lembrou esta quarta-feira que o clube emitiu um comuncado na véspera a censurar o incidente. "Essas pessoas não respeitam valores do clube nem do desporto. Mas precisamos de ajudar do governo, não pode ser batalha a ser travado por nós clube, não somos polícias. Uma micro minoria não pode prejudicar milhares de pessoas, essas pessoas mancham o nome do Sporting", frisou.
No comunicado divulgado anterioremnte, o Sporting condenou "de forma veemente os actos de violência" ocorridos durante a tarde. "O Sporting CP não se revê nestes comportamentos, que atentam contra os valores do Clube e desrespeitam o espírito do desporto. Quem escolhe a violência como forma de expressão não representa o Sporting CP. A paixão pelo Clube nunca poderá ser usada como escudo para a violência", dizia o clube, garantindo que "colaborará ativamente com as autoridades no apuramento de responsabilidades e tomará todas as medidas necessárias para identificar os responsáveis".