A Carris anunciou esta quinta-feira, 2 de outubro, ter em marcha um conjunto de medidas de apoio às vítimas do descarrilamento do elevador da Glória, em Lisboa, a 3 de setembro, que provocou 16 mortos e cerca de duas dezenas de feridos. Em comunicado divulgado pela agência Lusa, a transportadora refere que tem acompanhado as famílias das vítimas e dos feridos, em articulação com a Câmara Municipal de Lisboa e a seguradora Fidelidade.Entre as medidas destacam-se o pagamento das despesas de funeral e uma bolsa escolar atribuída aos filhos do guarda-freio André Marques, além de apoio psicológico e material aos trabalhadores envolvidos.A seguradora da empresa assegurou também a trasladação e serviços fúnebres de seis vítimas estrangeiras e o reembolso às famílias de outras cinco. Os processos relativos às cinco vítimas portuguesas estão a decorrer ao abrigo da legislação de acidentes de trabalho.Relativamente aos feridos graves, de várias nacionalidades, foi assegurado o repatriamento com acompanhamento médico. Já os feridos ligeiros continuam a ser acompanhados pela seguradora para avaliação de necessidades.A Carris informou ainda que está a colaborar com os inquéritos conduzidos pelo GPIAAF e pelo Ministério Público, tendo igualmente iniciado um inquérito interno e uma auditoria externa independente.Os ascensores da Bica, do Lavra e o elevador de Santa Justa permanecem encerrados até à conclusão das inspeções externas, cujos relatórios terão de ser validados por uma comissão técnica antes da decisão sobre reabertura.Como alternativa, a empresa criou a carreira 51E, em substituição ao ascensor da Glória. A 18 de setembro, o guarda-freio André Marques foi homenageado com o seu nome atribuído ao elétrico articulado 601, já em circulação..15 mortos e 23 feridos no descarrilamento do elevador da Glória. "Lisboa está de luto", diz Moedas.Elevador da Glória: o que se sabe e o muito que falta saber