Carrilho condenado a quatro anos e meio de pena suspensa
O ex-ministro da Cultura Manuel Maria Carrilho foi condenado a quatro anos e seis meses de prisão com pena suspensa pelos crimes de violência doméstica, ameaças e ofensas à integridade física e injúrias contra a sua ex-mulher Bárbara Guimarães.
Após uma leitura do acórdão, que demorou mais de uma hora, a juíza presidente do coletivo do juízo 22 do Tribunal de Comarca de Lisboa deu como provado que o ex-ministro tinha, em diversas ocasiões em 2014, agredido, difamado, ameaçado, injuriado e exercido violência doméstica contra a sua ex-mulher.
Manuel Maria Carrilho foi ainda condenado a pagar a Bárbara Guimarães 50 mil euros, fica proibido de se aproximar da ex-mulher e com a obrigação de frequentar um curso para maridos agressores. O tribunal considerou que o arguido não mostrou arrependimento e que sempre tentou desculpabilizar os seus comportamentos.
Carrilho tem também de pagar 15 mil euros a Ernesto "kiki" Neves, ex-namorado de Bárbara Guimarães, que também era assistente no processo, mas esteve ausente da leitura do acórdão.
À saída do tribunal, o antigo ministro da Cultura disse que iria recorrer da pena, afirmando que "existem outros juízos superiores".
Bárbara Guimarães e Manuel Maria Carrilho divorciaram-se em 2013, tendo os factos em apreciação neste julgamento sido cometidos posteriormente.